quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gabinete de Gestão Integrada
busca ampliação do Prodesmar


Foto: Kaná Manhães

Reunião foi realizada nesta terça-feira (22)

A 33º câmera de monitoramento a ser instalada pelo Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Região (Prodesmar), parceria entre a Prefeitura, Petrobras e Secretaria de Estado de Planejamento do Rio de Janeiro, será fixada no trevo da BR-101. Durante a 26º reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM-Macaé), realizada nesta terça-feira (22), no 32º Batalhão de Polícia Militar, foi apresentada a necessidade de ampliação do Prodesmar, visando à instalação de mais oito câmeras para Macaé, além das 20 previstas pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça.

O coordenador do GGIM-Macaé, tenente coronel Edmilson Jório, acrescentou que o sistema de monitoramento se completa com a instalação de câmeras também em municípios vizinhos, como Rio das Ostras e Carapebus.

- Vamos buscar a ampliação do Prodesmar junto a Petrobras UO-BC para a instalação de mais câmeras, não só em Macaé, mas também nessas cidades. Instalamos 32 e vamos instalar a 33º na BR-101, que visa o emprego tático de fazermos um arco do município, mas que está exigindo uma estação repetidora devido à distância. Para que a vigilância em Macaé ocorra de forma completa é necessário buscarmos essa parceria para a instalação de mais 12 câmeras em Rio das Ostras e mais cinco em Carapebus, explicou.

A reunião do GGIM-Macaé – a última de 2011 - foi marcada pela apresentação de um balanço das ações realizadas ao longo do ano. Diversas autoridades do município e representantes dos órgãos de segurança participaram do encontro.

- Este é o quarto ano de funcionamento do GGIM, criado em maio de 2008. Em 2010 consolidamos sua função de facilitador entre a sociedade, administração municipal e forças de segurança. Já neste ano de 2011 nossa meta foi a instalação da tecnologia do Sistema de Videomonitoramento, que reúne as câmeras em diversos pontos do município, o Centro de Operações do 32º Batalhão de Polícia Militar (COBAT/32), acionamento de viaturas (GPS) e central de comunicações. A partir de fevereiro teremos a integração da chamada 190 – completa o coordenador.

Em 2011, a prefeitura também renovou o convênio com o Pronasci do Ministério da Justiça para a implantação de mais 20 câmeras, instalações do GGIM, de uma sala plena e uma de gerenciamento de crise. O Plano Municipal de Prevenção à Violência também continua em andamento. A ONG Viva Rio elaborou o diagnóstico e o esboço do Plano que está sendo conduzido agora pela equipe do Gabinete de Gestão Integrada Municipal.

- Na última semana nos encontramos com a advogada Regina Miki que está à frente da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. Nosso objetivo foi passar para ela que Macaé é a cidade de onde sai a força motriz de energia deste país. Macaé é uma questão de segurança nacional. Uma cidade que abriga 15 mil estrangeiros e toda a cadeia produtiva de petróleo e gás da bacia de Campos. Em 2012, vamos apresentar dois projetos ao Senasp: um de videomonitoramento nas escolas e um de Sistema de Informação do Observatório de Segurança Pública – relatou Edmilson Jório.

O gerente de Comunicação e Segurança de Informação da Petrobras UO-BC, Lincoln Weinhardt, apresentou um panorama sobre a Bacia de Campos.

- Nos próximos 10 anos a Bacia de Campos ainda vai ser a maior região produtora do país, pela estrutura instalada e pela presença de óleo aqui. Temos mais uns 60 anos de petróleo na região. Depois de 34 anos, a Bacia de Campos continua ainda mais produtiva. O primeiro óleo do pré-sal saiu daqui, da P-34 no Espírito Santo. O interesse da Petrobras é antecipar a produção do pré-sal na região, com o Campo de Papa-Terra, que está localizado na área sul da Bacia de Campos (na região de Cabo Frio e Arraial do Cabo). É uma área com uma grande reserva de óleo extrapesado – explicou o gerente de Comunicação e Segurança de Informação da Petrobras UO-BC.

No aniversário de Niterói,

moradores dizem que não

há o que comemorar

Principais críticas são IPTU nas alturas,

teatro popular fechado há 3 anos

e precariedade na saúde



Os 438 anos de Niterói não foram comemorados com bolo nem velas por muitos moradores da cidade nesta terça-feira (22), data de aniversário da cidade. Com o Imposto Predial e Territorial mais caro do Rio de Janeiro, um teatro popular interditado há três anos, trânsito caótico, 3 mil desabrigados desde às chuvas de abril do ano passado e nenhuma unidade habitacional construída desde então, o governo do prefeito Jorge Roberto Silveira recebe dezenas de críticas de muitos niteroienses.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói, vereador Renatinho (Psol), a cidade vive um momento difícil diante de uma administração cujas prioridades "não são melhorias para a população".
Quase 20 meses depois de desabamento no Morro do Bumba, nenhuma unidade habitacional foi construída
Quase 20 meses depois de desabamento no Morro do Bumba, nenhuma unidade habitacional foi construída
"A cada dia que passa, o prefeito de Niterói envia um novo projeto permitindo alterações no gabarito da cidade à Câmara Municipal. Assim, a cidade cresce a olhos vistos, mas o prefeito não investe em infraestrutura, pavimentação, nada", aponta o parlamentar.

O quesito Saúde é o que mais tem deixado a desejar, segundo Renatinho:
"A Policlínica Sílvio Picanço está com elevadores quebrados e em péssimo estado de conservação. O cenário não é diferente no Hospital Carlos Tortelli, onde a emergência não funciona. Ou seja, o povo de Niterói só pode ser atendido no Hospital Azevedo Lima, onde as filas são quilométricas, já que o Antônio Pedro (hospital federal) teve sua emergência fechada".
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Confira fotos históricas da cidade de Niterói, que completa 438 anos nesta terça-feira (22 de novembro). Fotos: Arquivo CPDoc JB
Para a estudante Tamiris de Souza, 23 anos, moradora do bairro Fonseca, o trânsito da cidade também dá evidências diárias de que precisa de investimentos.
"Alguma atitude precisa ser tomada o quanto antes para que o trânsito de Niterói não piore ainda mais. A cidade está crescendo e nenhuma medida viária é adotada. Há uns três anos os engarrafamentos eram mais frequentes nos horários de rush. Hoje em dia, ocorrem em qualquer horário", queixou-se.
Falta de verba orçamentária não é desculpa para a ausência de investimentos, segundo o vereador petista Waldeck Carneiro:
"O orçamento de Niterói gira em torno de R$ 1,5 bilhão. Dinheiro nos cofres públicos tem. Mas a prioridade do prefeito não é com melhoria de serviços para o povo, mas sim com as empreiteiras e empresas de ônibus",  afirmou.

"Passados 20 meses das chuvas de abril, quando quase 200 pessoas morreram soterradas num deslizamento de terra, não há uma unidade habitacional construída. A prefeitura teve uma ideia mirabolante de construir um magabairro numa área de preservação ambiental. Só isso", disparou o vereador.  "Niterói tem a comemorar a criatividade de seu povo, que tem suportado os problemas e enfrentado os desafios. É a nossa travessia do deserto que será concluída com a derrota do atual prefeito nas eleições do ano que vem".

Na contramão de seus colegas de Câmara Municipal, o parlamentar Leonardo Jordano (PT), acredita que o aniversário da cidade deve, sim, ser comemorado.

"Não posso reduzir esta cidade à mediocridade de seu governo. Niterói tem praias maravilhosas, como as de Itacoatiara e Icaraí, além de aparelhos públicos culturais muito importantes. O abandono que a cidade vive hoje será banido quando um novo governante for escolhido nas próximas eleições", afirmou.

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