terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Depois de curso do Pronatec, Simone Vieira consegue emprego e deixa o Bolsa Família

Da revista O Brasil Mudou
Ex-beneficiária do programa Bolsa Família, Simone Nunes Vieira, de 30 anos, é hoje um exemplo de que, com a ajuda de ações e programas sociais do governo federal e força de vontade, é possível crescer e ainda ter expectativa de ir mais longe.
Ela faz parte de uma das 1,7 milhões de famílias que já deixaram o Bolsa Família voluntariamente – foram às autoridades e pediram para sair – porque não precisavam mais da ajuda do Governo. O principal motivo para o desligamento é a melhoria da renda dessas famílias.
“Antes, queria comprar uma roupa para os guris e não podia", contou Simone. Foto: divulgação MDS
“Antes, queria comprar uma roupa para os guris e não podia”, contou Simone. Foto: divulgação MDS
Além disso, desde 2003 – quando o Bolsa Família foi criado – 1,1 milhão de beneficiários foram desligadas do programa por falta de recadastramento e nunca mais retornaram.
Gaúcha do pequeno município de Camaquã (RS), a 30 quilômetros de Porto Alegre, Simone trabalhou na roça quando criança. A vida difícil no campo a impediu de terminar os estudos. Teve três filhos. A oportunidade de melhorar de vida surgiu quando foi incluída no Bolsa Família, em 2011.
O dinheiro complementava a renda do marido, que trabalha em uma loja de material de construção. Ajudava a comprar roupas e alimentos para os três filhos. Mas Simone era inquieta. Queria aproveitar tudo o que ofereciam para melhorar sua vida e de sua família. Viu os panfletos para cursos gratuitos oferecidos pelo Pronatec e logo se inscreveu para pedreira de alvenaria.
“Escolhi esse curso porque já tinha ajudado a levantar a casa do meu pai, fazendo massa, carregando tijolo e levantando parede”, conta. Ao terminar o curso, Simone se candidatou a uma vaga em uma das maiores empresas de celulose do Rio Grande do Sul.
Como demoravam a chamar, não hesitou e fez também o curso de carpinteira. O emprego apareceu em 2013 e ela finalmente passou a fazer parte do quadro de funcionários da empresa. Quatro meses depois, veio a promoção. O salário aumentou de R$ 880 para R$ 1,5 mil, mais tíquete alimentação de R$ 320. Hoje, a renda mensal dela e do marido soma R$ 2,2 mil.
Assim como Simone, parte dos beneficiários do Bolsa Família que deixaram o programa são hoje novos empreendedores. Brasileiros que buscaram qualificação profissional, se colocaram no mercado de trabalho ou se formalizaram como microempreendedores, com a ajuda de programas como o Pronatec ou o Programa Crescer, de crédito orientado para produção.
Simone conta também que, no primeiro dia de trabalho, o corpo todo tremia, numa mistura de nervoso com alegria. Quase morreu de vergonha quando pisou na obra, lembra, porque grande parte dos trabalhadores eram homens. Com o tempo, foi se acostumando. Quando completou um ano, comprou um bolo – de padaria mesmo – para comemorar. Hoje tem vários amigos no local de trabalho. Ela agora sonha em fazer um supletivo e conquistar novos espaços no mercado.
Melhoria da renda familiarCom o salário de Simone, a vida de toda a família mudou para melhor. Hoje, ela e o marido conseguem pagar uma pessoa para tomar conta da filha caçula de três anos.“Antes, queria comprar uma roupa para os guris e não podia. Não tinha como comprar, porque era só o salário dele. Agora, eu posso comprar, no mesmo mês, roupas para todos eles”, conta orgulhosa.
A família também comprou um carro popular e, em outubro do ano passado, pagou a última prestação. Eles já tiveram outro carro “tão velho que nem funcionava”, lembra a pedreira. Quanto aos sonhos, Simone agora quer construir a casa própria e deixar de pagar aluguel.

Pronatec Brasil Sem Miséria

Simone é um exemplo do quanto os cursos de qualificação profissional oferecidos pelo governo federal ajudaram a mudar a vida de milhares de brasileiros, de todos os cantos do País. Desde 2011, o Pronatec para o público do Brasil Sem Miséria oferece mais de 620 cursos orientados à população inscrita no Cadastro Único e registrou, nesse período, mais de 1,5 milhão de matrículas, de norte a sul do Brasil.

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