terça-feira, 23 de agosto de 2016

Turismo na Escola leva alunos de Icoaraci para conhecer a história de Belém e do Estado

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 23/08/2016 18:47

  • / PASSEIO CULTURAL / 23/08/2016 18:47

    Projeto Turismo na Escola levou 18 estudantes de de Icoaraci para conhecer um pouco da história e das belezas da cidade de Belém e do Pará.


Uma atividade diferente mudou um pouco a rotina dos alunos dos 8º e 9º anos da Escola Municipal Madalena Raad, localizada no distrito de Icoaraci, para ampliar seus conhecimentos fora das salas de aula. Em um passeio realizado nesta terça-feira, 23, um grupo de 18 estudantes saiu de Icoaraci para conhecer um pouco da história e das belezas da cidade de Belém e do Pará.
O passeio faz do Projeto Turismo na Escola, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Semec) e pela Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), que levou os alunos a uma visita à Casa de Mineração, ao Mangal das Garças e ao Espaço São José Liberto. Todo o roteiro foi acompanhado por professoras da escola, técnica pedagógica da Semec e turismóloga da Belemtur.
Na Casa da Mineração, espaço criado a partir da parceria entre Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) e Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); os alunos conheceram as atividades mineradoras e as contribuições positivas do setor para o desenvolvimento do Estado.  Todos puderam ver de perto as amostras de minérios como ferro, cobre, níquel, bauxita, entre outros, e suas aplicações no cotidiano das pessoas.
A aluna Luiza Carmim, de 16 anos, ficou encantada ao saber que o Pará é tão rico em minérios. “Adorei tocar nos minérios, não sabia que a nossa região tinha uma diversidade tão grande assim e que todos estes minérios estão presentes no nosso dia a dia; como é o exemplo do caulim, que é usado na produção de papéis, pasta de dentes, cosméticos e até remédios. Achei muito interessante”, disse Luiza.
Ao chegar ao Mangal das Garças, os olhos dos estudantes brilhavam diante de toda aquela beleza em meio à cidade. A fauna e a flora preservadas no local logo atraíram a atenção nos alunos que nunca tinham tido a oportunidade de conhecer este que é um dos principais pontos turísticos de Belém. Monitores do espaço apresentaram ao grupo o Memorial Amazônico da Navegação, o Viveiro dos Pássaros e o Borboletário.
Aos 14 anos, Rian de Sousa estava visitando o Mangal pela primeira vez e logo definiu o local como o seu preferido. “Gosto muito da natureza e adorei esse lugar.É lindo e aprendi muitas coisas legais sobre as vegetações, as aves e outros animais que vivem aqui. O monitor falou que muitos desses animais foram resgatados pelo Ibama e aqui os espaços com lagos e árvores incentivam a reprodução das espécies”, explicou o aluno enquanto brincava com Fani, uma pequena ave da espécie Araçari, muito simpática e brincalhona, que logo fez amizade com o grupo para ganhar o carinho dos estudantes.
O destino final do passeio foi o Espaço São José Liberto. O local é uma referência cultural, turística, comercial e do patrimônio arquitetônico de Belém. Construído para ser o Convento de São José, ao longo de mais de dois séculos de existência, o prédio também funcionou como olaria, quartel, depósito de pólvora, hospital, cadeia pública e presídio.
Na visita, os alunos conheceram a capela de paredes originais de pedras, as galerias com grande acervo de objetos de culturas primitivas, gemas e metais preciosos encontradas em território paraense; e uma das celas que abrigaram presidiários por mais de 100 anos.
Aprendizado e incentivo à preservação
Para a professora da Escola Madalena Raad, Sandra Lobo, “esta é uma oportunidade riquíssima de aprendizado para os alunos. Eles voltam para a escola muito entusiasmados e isso, inclusive, faz com que cresça neles o interesse pelas disciplinas trabalhadas na sala de aula”.
A técnica pedagógica da Semec, Ligiana Cunha, destacou que muitos destes jovens às vezes não têm a oportunidade de sair da sua comunidade e conhecer na prática a história da cidade onde residem. “Então a intenção do projeto é justamente incentivar crianças e jovens das escolas municipais de Belém a descobrirem a sua cidade de maneira descontraída e pedagógica; e reforçar a junto a eles a importância da preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental do município”, ressaltou a pedagoga.
Giowana Nauar, turismóloga da Belemtur, complementou que o projeto é uma iniciativa de turismo pedagógico, que une lazer e aprendizado. “É uma maneira de fazer com que os alunos vivenciem aquilo que conheciam apenas por meio da literatura, e todos os atrativos apresentados a eles nessas visitas são instrumentos de aprendizado sobre Belém, o Pará, a Amazônia e seu processo histórico de desenvolvimento”, enfatizou.
Desenvolvido desde 2015, o Turismo na Escola já envolveu mais de 20 unidades de educação no projeto, beneficiando cerca de 400 alunos da rede municipal de ensino.

Texto: Lilianne Villacorta
Foto: Eliza Forte / Tássia Barros - Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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