segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Prefeitura garante melhoria do rendimento escolar com merenda de qualidade

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 16/01/2017 12:47

  • / EXCELÊNCIA / 16/01/2017 12:47

    Mais de 70 mil alunos da rede municipal de ensino recebem merenda de qualidade, todos os dias. Cuidado está se refletindo no bom desempenho escolar.


Manter uma alimentação nutritiva e equilibrada é essencial para o bom desenvolvimento físico e intelectual de crianças e jovens que diariamente dedicam-se aos estudos. Na rede municipal de ensino de Belém, a merenda escolar é prioridade. E é uma das principais razões da melhoria do rendimento escolar dos mais de 70 mil alunos da rede municipal de ensino.
Matriculada na Unidade de Educação Infantil Providência, aos 5 anos Maria Eduarda Cursino é exemplo de que uma boa alimentação pode transformar vidas, principalmente se oferecida de maneira lúdica. “Quando entrei aqui na minha escola eu tinha problema de obesidade e mesmo assim continuava comendo besteiras. Adoecia muito, faltava às aulas e não conseguia aprender nada”, conta a menina.
Com uma realidade totalmente diferente da de três anos atrás, quando iniciou os estudos na unidade de ensino, a aluna ainda diz que hoje um de seus pratos prediletos é carne assada com alface e tomate. “Eu odiava salada, mas hoje acho sem graça um prato sem salada. A escola me ensinou a ter uma alimentação boa, agora estou no peso ideal e frequento bem mais as aulas, o que me trouxe boas notas no boletim”, diz.
Para continuar oferecendo qualidade de vida a todos os estudantes, a Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio da Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (FMAE), já se prepara para apresentar em todas as unidades de educação cardápios variados, com os nutrientes adequados aos estudantes, como os carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais.
A primeira etapa se iniciou no mês de dezembro, com processo licitatório através do pregão de número 169/2016, que estabelece a aquisição de 37 itens de gêneros não perecíveis, tais como: achocolatado em pó, açúcar triturado, água mineral, alho, amido de milho, arroz, aveia em flocos finos, biscoitos doce e salgado, café, cereal para alimentação infantil à base de farinha de arroz instantânea, cereal para alimentação infantil à base de farinha de milho instantânea, colorífico, complemento alimentar enriquecido com vitaminas e sais minerais, extratos de soja e tomate, farinha láctea, feijão e outros.
Já a segunda etapa ocorre neste mês de janeiro, com o pregão de número 05/2017, que inclui a compra de 33 itens de alimentos perecíveis, entre os quais verduras e frutas, além de carnes, frangos e peixes.
De acordo com o presidente da FMAE, Walmir Nogueira, todo o esforço realizado para a garantia de uma alimentação de qualidade vem se refletindo na rede de forma muito positiva. “A Fundação conta com uma equipe de nutricionistas que mensalmente desempenha papel primordial para o controle da obesidade e desnutrição infantil. Desta forma, eles são os responsáveis por elaborar projetos que visem à educação alimentar e nutricional, além de promover capacitações para os manipuladores de alimentos que atuam nas unidades e realizar avaliações nutricionais nos estudantes”.
Segundo dados apresentados em 2016 pela FMAE, 80% das crianças da rede municipal de ensino já se encontram no estado de eutrofia, que é o estado nutricional adequado. A avaliação, realizada através da aferição das medidas corpóreas de peso e estatura e considerando a idade, envolveu cerca de 3.500 alunos da educação infantil e fundamental e atendeu a resolução de número 26 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A nutricionista Carmem Brandão explica que, “a avaliação é um indicador da qualidade de vida do aluno, por isso se faz um instrumento diagnóstico necessário”.
Ainda segundo ela, projetos como o “Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia” foi o que contribuiu significativamente para o alcance desses resultados. “Este é um projeto da FMAE que desde o ano de 2014 tem sido muito bem aceito pelas crianças”.
Sobre o projeto – “Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia” objetiva intervir na cultura alimentar e nutricional dos estudantes com base no entendimento de que é possível promover a educação de crianças e comunidades no entorno das escolas por meio das hortas, incorporando a alimentação nutritiva, saudável e ambientalmente sustentável à prática pedagógica.
Desde que foi implantando na rede, o projeto ganhou destaque nacional e trouxe diversas premiações à capital paraense, entre elas a de “Gestor Eficiente da Merenda Escolar”, promovida pela organização não governamental Fome Zero em parceria com o FNDE no ano de 2014 e a certificação de título de tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil em 2015. Além disso, durante o mês de maio de 2016, a Fundação Abrinq escolheu o projeto “Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia” como vencedor do Prêmio Boas Práticas, que deu ao prefeito Zenaldo Coutinho o título de “Prefeito Amigo da Criança”.
A meta da FMAE é ampliar o projeto durante estes próximos quatro anos. “Quarenta e uma unidades educacionais já possuem uma horta em sua estrutura e, para este primeiro semestre, queremos implantar em mais dez, já que o projeto tem estimulado bastante o consumo de frutas e legumes, dos quais 40% são adquiridos da agricultura familiar, que gera recursos financeiros para os produtores das ilhas de Belém”, diz o presidente da FMAE, Walmir Nogueira.
Texto: Natasha Albarado
Foto: Arquivo Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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