quarta-feira, 12 de abril de 2017

Os nomes-chave das investigações que devastam o Brasil

AFP / EVARISTO SAO presidente Michel Temer
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquéritos contra oito ministros do governo Temer, um terço do Senado e cerca de 40 deputados por sua participação no caso da Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção na história do país.
A lista dos políticos sob suspeita, divulgada na terça-feira, inclui praticamente toda a cúpula que governa o país, em um caso que analisa uma rede de propinas e desvio de dinheiro da Petrobras para os partidos.
Os partidos com maior número de investigados são: o PMDB, do presidente Michel Temer, o PT, retirado do poder em 2016 após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e o PSDB, principal aliado do atual governo.
Trata-se de um processo histórico que já colocou atrás das grades vários dos mais proeminentes empresários do país, assim como políticos e ex-diretores da petroleira. E agora aponta diretamente para o centro do poder.
A seguir os nomes destes políticos suspeitos de corrupção.
Os oito ministros de Temer
A lista inclui os ministros mais próximos ao presidente conservador Michel Temer, que chegou ao poder após o impeachment de Dilma Rousseff:
Eliseu Padilha (PMDB), ministro-chefe da Casa Civil.
Wellington Moreira Franco (PMDB), secretário-geral da Presidência.
Aloysio Nunes (PSDB), ministro das Relações Exteriores.
Blairo Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional.
Bruno Araújo (PSDB), ministro das Cidades.
Marcos Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados
Eunício Oliveira (PMDB), presidente do Senado.
Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados.
Eunício Oliveira e Rodrigo Maia são duas peças fundamentais na articulação política da base aliada que governa o país. Eles têm o poder de colocar projetos na pauta de votações do Congresso e acelerar as reformas econômicas que o Executivo pretende levar à frente nos próximos meses para sair da recessão.
Presidentes de partidos políticos
O senador Romero Jucá, presidente do PMDB. Quando Temer assumiu o poder, em maio de 2016, Jucá foi nomeado ministro do Planejamento, mas teve que abandonar o cargo uma semana depois, quando foi divulgado um áudio em que supostamente sugeria criar obstáculos para as investigações da Operação Lava Jato.
O senador Aécio Neves, presidente do PSDB. Ex-candidato à Presidência derrotado por Dilma Rousseff em 2014, é um dos principais aliados do governo.
Ex-presidentes na mira
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que já enfrenta cinco processos relacionados ao extenso esquema de corrupção.
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Dilma Rousseff (2011-2016).
Sem a proteção do foro privilegiado, os pedidos de investigação a Lula, FHC e Dilma foram remetidos a tribunais de menor instância, que irão analisar se abrirão novos processos contra eles.
Fernando Collor (1990-1992), atualmente senador, será investigado pelo STF.
O próprio Michel Temer foi mencionado no escândalo, mas a Constituição impede que seja investigado.

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