Programa de Geoprocessamento do Estado leva mutirão ao Parque Atalaia
2017-04-11 17:59:00 - Jornalista: Carla Cardoso
Foto: Ana Chaffin
Macaé já atingiu a marca de 165.480 vacinados contra a febre amarela. Varredura continua no Parque Atalaia
O trabalho conta com a participação da Fiocruz, da Secretaria de Estado de Saúde, do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Ambiental de Macaé (Nupem-UFRJ), da Guarda Ambiental, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e do Parque Municipal Atalaia. A iniciativa, que já foi pontuada em outros municípios e ainda irá percorrer mais lugares, vai resultar em um caminho da doença. Segundo Waldemir Vargas, que é da Fiocruz e está cedido ao Estado para coordenar a equipe, a febre amarela é cíclica e, em um determinado momento, voltará a ter casos.
- É assim em alguns pontos do Brasil. O Estado do Rio é que não passava por isso. Quando a febre entra em algum local, mesmo após diminuir a incidência (o que deve acontecer após junho ou julho), até mesmo após alguns anos, ela retorna. Por isso esse mapeamento do caminho da doença é importante. Para sabermos por onde ela veio, onde foram notificados os casos e as mortes, para lidarmos com isso futuramente também – ressaltou Waldemir, citando que todas as amostras coletadas serão levadas, no fim, para a Fiocruz.
O pesquisador acrescentou que o trabalho, orientado pelo Ministério da Saúde no início do aparecimento dos casos, era atuar e proteger a fronteira do Espírito Santo e São Paulo, com vacinas nos municípios dessa região. “Mas, com o tempo, o número de cidades aumentou e chegamos a Casimiro de Abreu. A partir daí, começaram a surgir outros pontos e queremos mapeá-la”, explicou o pesquisador.
Desta forma, segundo Vargas, será possível ter esse caminho e identificar quais pontos são mais afetados. Em breve, outros pontos do Estado, como Parati, também serão monitorados para o programa.
Zoólogo e professor do Nupem, Pablo Gonçalves participa da ação para buscar, para análise, as carcaças dos primatas mortos. "Vamos analisar a ossada, para fazer uma documentação e identificar a idade afetada com a doença, qual parcela da população do bugio está mais suscetível. O bugio é pouco estudado e esse levantamento é importante", afirma.
Analista Ambiental e responsável pelo Parque Atalaia, Alexandre Bezerra de Souza explica que a secretaria de Ambiente e Sustentabilidade dá suporte para toda monitoria da doença. “O objetivo é compreender esse desequilíbrio ambiental que está em meio aos primatas, mas que afeta a população, e evitar a propagação da doença nas pessoas”, define o biólogo.
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