sábado, 17 de junho de 2017

Alemanha apresenta suas futuras estrelas na Copa das Confederações

AFP/Arquivos / Christof STACHEA Alemanha, atual campeã do mundo, apresentará na Copa das Confederações uma equipe B repleta de juventude, mas também de muito talento, um grupo de jogadores que quer se tornar o futuro da Mannschaft
A Alemanha, atual campeã do mundo, apresentará na Copa das Confederações uma equipe B repleta de juventude, mas também de muito talento, um grupo de jogadores que quer se tornar o futuro da Mannschaft.
"Três torneios em três anos (Eurocopa-2016, Copa das Confederações-2017 e Copa do Mundo-2018) é o limite", afirmou o técnico alemão Joachim Low ao anunciar a lista de convocados, explicando que o fato de se jogar três grandes torneios sem descanso "é um grande risco de lesões" para os jogadores.
Devido a essa quantidade de torneios, a Alemanha se apresentará na Rússia com uma equipe em que somente três jogadores foram campeões do mundo em 2014 (Julian Draxler, Matthias Ginter e Shkodran Mustafi) e somente dois são nascidos antes de 1990 (Sandro Wagner e Lars Stindl).
Dos campeões do mundo no Brasil em 2014, muitos foram poupados pelo técnico (Kroos, Khedira, Hummels, Muller, Ozil, Boateng), outros se aposentaram da seleção (Lahm, Podolski, Klose e Schweinsteiger) e alguns estão lesionados, como Neuer, Gotze e Reus. Este último não disputou a Copa de 2014 e a Euro-2016 devido a repetidas lesões.
Para enfrentar Austrália, Chile e Camarões, os adversários do Grupo B na Copa das Confederações, Low montou um grupo repleto de jovens. "A Copa do Mundo-2018 e ganhar o título novamente é o objetivo final. O objetivo da Copa das Confederações é que três ou quatro jogadores possam pressionar nossas estrelas para 2018", justificou o técnico da Alemanha, de 57 anos e há 10 no cargo.
"No momento tenho 12 ou 13 jogadores da Copa com muita experiência e classe, mas eles precisam competir por suas vagas", completou.
A grande ambição de Low nas Confederações é encontrar um atacante matador, que consiga converter em gols o grande volume de jogo da Alemanha. Com Klose aposentado, na última Eurocopa ficaram evidentes as limitações da Mannschaft diante do gol adversário. Os 'Marios', Gomez e Gotze, não tiveram atuações à altura das expectativas.
A maior esperança da torcida alemã está depositada em Timo Werner, o atacante do surpreendente RB Leipzig, autor na última temporada de 21 gols que levaram o modesto clube ao histórico vice-campeonato na Bundesliga e à Liga dos Campeões.
- Werner, el futuro camisa 9 -
"Tem potencial. Ele semeia o caos nas defesas organizadas e precisamos de diferentes atacantes com diferentes maneiras de jogar", elogiou Low ao falar de Werner, convocado para ser o substituto de Miroslav Klose, maior artilheiro da história das Copas do Mundo.
Low também convocou o 'veterano' Sandro Wagner (29 anos) para reforçar seu sistema ofensivo. Após uma boa temporada com o Hoffenheim, o atacante respondeu à confiança de Low anotando três gols na partida contra San Marino, no último sábado pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo.
Para organizar o jogo, Low tem a priori um bom arsenal de jovens talentos com certa experiência europeia, como Leroy Sané, Julian Draxler e Emre Can, além das promessas Sebastian Rudy e Leon Goretzka.
Low terá mais dificuldades para escalar seu sistema defensivo, já que não conta com jogadores acostumados a vestir a camisa da 'Mannschaft', a começar pelo goleiro marc-André Ter Stegen, do Barcelona.
Na zaga, somente Mustafi e Jonas Hector tem essa experiência. Ginter e Kimmich devem completar o quarteto de trás, apesar deste último poder ser escalado como volante.
Por estas incógnitas, a Alemanha chega à Copa das Confederações com menos favoritismo do que seleções mais rodadas, como Portugal e Chile, mas não se pode menosprezar a tetracampeã mundial e a motivação dos alemães a cada vez que defendem a camisa da 'Mannschaft'.

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