segunda-feira, 19 de junho de 2017

Viagem presidencial à Rússia deve ampliar relações comerciais, dizem especialistas

Relações internacionais

Melhorar o diálogo político pode favorecer as trocas comerciais entre os países. Corrente de comércio alcançou US$ 2,13 bilhões nos primeiros cinco meses do ano
Publicado18/06/2017 13h28Última modificação19/06/2017 10h36
Pelas limitações que o clima impõe, a Rússia precisa importar parte do que consome. Diante dessa necessidade, nos últimos anos, o país se tornou um importante parceiro comercial para o Brasil.
Segundo o economista da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) José Luiz Pagnussat, a visita do presidente da República, Michel Temer, é importante para ampliar as relações comerciais e reduzir burocracia entre os dois países.
“Produzir mais para exportar significa gerar empregos aqui para os produtos que são comprados lá fora. Então, exportar é importante. Abrir mercados se abre com o presidente indo visitar os países”, afirmou o economista.
Na visão de Pagnussat, a viagem ajuda a reduzir incertezas, já que pode uniformizar regras e evitar eventuais restrições na circulação de produtos entre Brasil e Rússia. “A visita [do presidente Temer à Rússia] foca não só na expansão do mercado. Estreitar o diálogo político favorece a tranquilidade dos mercados”, disse.
Corrente de comércio
Em 2016, a corrente de comércio entre Brasil e Rússia ficou em US$ 4,3 bilhões. Neste ano, em apenas cinco meses, alcançou US$ 2,13 bilhões. A relação comercial entre os dois países é relativamente equilibrada: enquanto o Brasil exportou US$ 1,08 bilhão em 2017, os russos compraram US$ 1,05 bilhão.
Para o professor de relações internacionais da Universidade Católica de Brasília Creomar de Souza, a viagem do presidente Temer à Rússia mostra que as relações internacionais brasileiras não serão pautadas pelo caráter ideológico.
“O discurso é diminuir os componentes partidários e ideológicos e aumentar o esforço de uma diplomacia econômica que abra portas de mercados novos para o Brasil e que faça com que investimentos estrangeiros possam afluir com maior capacidade para o País”, avaliou.
Fonte: Portal Planalto, com informações da Enap, do Mdic e da Universidade Católica de Brasília

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