sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ensino quilombola encerra atividades do primeiro semestre

Ensino quilombola encerra atividades  do primeiro semestre
Diretores, professores e alunos de oito turmas, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, da Escola Municipal Felizarda de Azevedo, em Machadinha, área rural de Quissamã, participaram, na manhã desta quinta-feira (13), do encerramento do primeiro semestre do projeto “Eu sou o quilombo: Escola e Comunidade de mãos dadas”.
A programação incluiu exposição de fotos de crianças da comunidade, feitas por Ana Beatriz Rangel; dramatização sobre “Mané Galopinho”, um personagem conhecido que por ser desobediente foi amaldiçoado por sua mãe e agia como um cavalo; jongo com a diretora do Memorial e autora do livro “Flores da Senzala”, Dalma dos Santos, e mostra de culinária local, como sopa de leite (ela foi criada por escravos que para consumir carne, sem que o senhorio desconfiasse, misturavam leite e farinha da roça utilizados como cobertura) apresentada por Maria Helena da Silva, avó de um aluno.
O diretor da escola, Allan Alves, destacou os avanços na implementação da educação quilombola. “Demos o pontapé inicial com os professores, que adaptaram os conteúdos à realidade da comunidade e estamos muito satisfeitos com o resultado”, disse.
O professor Jerônimo Lemos ressaltou que os alunos são os mais entusiasmados com o projeto, iniciado em março deste ano. “Eles estão cada vez mais conscientes da importância de se preservar suas tradições. É um trabalho de proteção da cultura à realidade local”, lembrou.
A aluna Luana Soares Lima disse que a dança é uma atividade que todos de Machadinha gostam e praticam. “Nós sempre dançamos o jongo e a capoeira para alegrar as nossas festas. Essa tradição vem sendo mantida de geração para geração”, comentou.

O secretário de Educação em exercício, Aílson Belarmindo, lembrou que a implementação do ensino quilombola foi uma iniciativa da atual administração. “A prefeita Fátima Pacheco tem definido políticas públicas para as mais diversas áreas, e Machadinha não poderia ficar de fora desse contexto, diante da riqueza da cultura quilombola”, pontuou.

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