quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Amor líquido: monólogo sobre a liquidez dos amores da modernidade

2017-08-10 09:25:00 - Jornalista: Marilene Carvalho
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Fachada do teatro
Foto: Divulgação
O amor na pós-modernidade, embasado em texto de Bauman, é tema de peça no teatro
O Teatro Municipal de Macaé apresenta nesta sexta-feira (11) o monólogo "Amor líquido", interpretado pela atriz e diretora teatral, Cláudia Byspo. A veia escolhida que sustenta o roteiro é a liquidez dos amores. Como nascem e vão, escorrendo pela vida humana na fluidez de uma corrente d'água. O espetáculo tem como inspiração o conceito de modernidade líquida do filósofo e sociólogo polonês Zigmunt Bauman. A apresentação será às 20h. O valor único do ingresso é de R$ 20. Classificação de 14 anos.
Com base na dramaturgia textual gerada no jogo cênico, o espetáculo traz para a plateia uma representação de histórias reais, vivências e testemunhos de diversos amores do cotidiano, no qual se inclui toda forma de amar, compondo a trilogia: amor líquido, amor sólido e amor gasoso. São quadros estanques, independentes, porém correlacionados, que podem ser destacados como esquetes de títulos próprios.

A trilogia de "Amor líquido" deriva de um projeto de investigação cênica fundamentada em discussões, pesquisa e teorias sobre o tema. Toda essa experimentação ganha cenário e figurinos brancos. Os objetos cênicos ganham destaque refletindo a cor da temperatura de cada história. A escolha da trilha original reflete a defesa da vida como lugar de experimentações.

Sinopse - Amor líquido é um monólogo aberto que dramatiza quatro histórias verídicas do cotidiano. Na menina, a inocência insistente em enfrentar as idas e vindas para casa, provocada pela mãe que a joga de lar em lar e soturnos olhos em um buraco na parede, molhados por pingos d'água. Na velha, lembranças guardadas nos sacos da memória de um amor romântico, regado à xícara de chá, um desejo contido, um cansaço.

Na jovem, regras estabelecidas para não se envolver, quebradas por um milk shake de chocolate, com despedida forçada e distante no mundo on-line. Na mulher, o olhar cristalino que cintila como gota que o raio de luz atravessa, a intuição que não previu o desbarranco. Dizer "eu te amo" pode ser hoje, para sempre, on-line, em off, em vida ou nunca mais... A peça reforça a pergunta: a escolha pertence a quem?

Ficha técnica

Projeto teatral: Grupo Cria Expressões Humanas e Cia Pigmentus.

Dramaturgia, direção e cenário: Cláudia Byspo e Marcela Jorge.

Trilha sonora original: Márcia Lisboa e Marcelo Pfeil.

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