O segundo documentário do projeto “História de quem faz história” será lançado na próxima quarta-feira (17), às 19h, no auditório da Faculdade Salesiana de Macaé. Com o propósito de registrar as transformações do cenário sociocultural macaense a partir da década de 1970, a produção reúne relatos de personalidades que fazem parte da história da cidade e projetam o nome de Macaé no cenário nacional e internacional. Após a exibição do filme, será realizado um debate com os entrevistados. A entrada é franca.
Nesta edição, as personalidades entrevistadas são a pintora Maria Klonowska, o produtor e diretor de cinema Phydias Barbosa, a pianista e presidente da Sociedade Musical Macaense, Maria Luisa Lundberg, e o coreógrafo Paulo Emílio Azevedo. O documentário tem uma hora de duração e é dirigido pela professora e idealizadora do projeto, Carla Miguelote. Ela acrescenta que a próxima produção também ouvirá pessoas que se destacaram por sua contribuição à cultura macaense. O lançamento está previsto para 2012.
Ainda segundo Miguelote, o projeto de produção de documentários históricos busca consolidar a memória recente da cidade e fortalecer sua identidade cultural. “É notório que, a partir da década de 70, Macaé vem se transformando em um importante pólo econômico. O que tem menos visibilidade é o desenvolvimento dos seus aspectos socioculturais. A intenção é registrar essas transformações em diversas áreas de relevância social”, disse.
O documentário revela detalhes curiosos da vida dos entrevistados. Como o período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, quando os recursos se tornaram escassos e a artista plástica Maria Klonowska teve que produzir seus próprios pincéis com fios de cabelo e bambu. O cineasta Phydias Barbosa também relembra momentos marcantes, como o trabalho ao lado do grande artista brasileiro do teatro de revista, Grande Otelo, e do ator e diretor espanhol, Antonio Banderas, com quem gravou um comercial no Canadá.
A versão integral das entrevistas ficará disponível no acervo audiovisual da FSMA e servirá como fonte de consulta para pesquisadores e interessados na história recente da cidade. Para agendar uma consulta, basta enviar um e-mail para historias.salesiana@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
Sobre os entrevistados - Grande nome da pintura e da tapeçaria, Klonowska tem admiradores em várias partes do mundo e já participou de exposições em Macaé, no Rio e em São Paulo. Assim como o produtor e diretor de cinema, Phydias Barbosa Filho, que tem trabalhos importantes no Brasil e também em Hollywood. Já Maria Luisa Lundberg, além de pianista, é uma das grandes incentivadoras da música erudita na cidade. E o coreógrafo Paulo Emílio Azevedo Coreógrafo, precursor da dança de rua em Macaé, viajou o mundo com espetáculos e projetos premiados.
A vida e a obra de quem faz história em Macaé
Maria Klonowska - Grande nome da pintura e da tapeçaria, a artista plástica vive há mais de 50 anos em Macaé. Criada pelo pai, um artesão italiano, ela cresceu em Natividade de Carangola. São dela os quadros que retratam a Via Sacra na Igreja São Pedro, na Barra de Macaé. Já participou de diversas exposições na cidade, no Rio de janeiro e em São Paulo. Recentemente recebeu uma grande homenagem: a publicação do livro Maria Klonowska: arte e vida.
Phydias Barbosa - Nascido em Quissamã, o produtor e diretor de cinema veio para Macaé na adolescência. Com trabalhos importantes no Brasil, Europa e Estados Unidos (Hollywood), produziu filmes como “Amores”, premiado no festival de Gramado em 1998. Em Macaé, dirigiu a peça “Motta Coqueiro: culpado ou inocente?”. Na televisão, trabalhou na Rede Globo, no Tele-Teatro Fantástico e em novelas como Selva de Pedra e Fogo sobre Terra.
Paulo Emílio Azevedo – O macaense e professor de educação física coleciona prêmios e apresentações internacionais. Foi precursor da dança de rua na cidade e desenvolveu metodologias inovadoras para o ensino de movimento. Fundou o Centro Integrado de Estudos do Movimento do Hip Hop (CIEM. h2) e a Companhia e Escola de Formação em Dança Membros. Dirige a Companhia de Dança DI, que reúne pessoas com e sem deficiências em cena, e a Banda Art 1, que fez a abertura do Prêmio Nobel dos Diretos da Criança e do adolescente, na Suécia.
Maria Luisa Lundberg – Pianista e professora de música, essa paulista veio para Macaé em 1992, quando o marido foi transferido pela Petrobras. Presidente da Sociedade Musical Macaense desde 1994, possui alunos premiados no Concurso Nacional de Piano e já promoveu mais de 220 eventos de música erudita na cidade.
Ficha técnica
Direção: Carla Miguelote
Pesquisa e roteiro: Eduardo Valentim, Jérsei Simon, Lione Acácia e Pedro Bresciani
Operador de câmera: Ronei Sterque
Edição: Ronei Sterque e Pedro Bresciani
Trilha sonora: “Bossa Chorosa” - Roberto Simões
Estagiários: Eduardo Valentim e Jérsei Simon
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