terça-feira, 18 de outubro de 2011






GOVERNO DO ESTADO DO RIO REPASSA 
VERBA PARA COMPRAS DE 
SIRENES NA REGIÃO SERRANA
A Secretaria estadual de Obras vai repassar recursos da ordem de R$ 480 mil à Secretaria estadual de Defesa Civil para a compra  de mais dez sirenes de alerta de chuvas na Região Serrana. Os equipamentos – 83 no total – serão instalados em áreas consideradas de risco nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. O objetivo do sistema de alerta é preparar comunidades com risco de desabamento e evitar tragédias como a que ocorreu em janeiro desse ano. A verba foi doada por uma empresa coreana.
A Secretaria de Defesa Civil do Estado já iniciou a instalação dos equipamentos. As dez novas sirenes serão somadas às 73 já adquiridas e beneficiarão, pelo menos, 40 comunidades da Região Serrana. Entre as áreas beneficiadas estão o Centro de Nova Friburgo, uma das mais castigadas pelas chuvas, e o bairro Quitandinha, em Petrópolis. Além das sirenes, serão implantados pluviômetros para medir a intensidade das chuvas.
No último sábado, a Defesa Civil estadual realizou uma campanha de conscientização em Nova Friburgo e em Petrópolis. O objetivo foi informar sobre os exercícios de desocupação das comunidades a partir do sistema de alerta por sirenes, que serão simulados a partir de novembro.
Atualmente, os governos estadual e federal estão investindo R$ 227 milhões em obras de contenção de encostas e recuperação de pontes na Região Serrana. Além disso, a União deve liberar, nos próximos dias, outros R$ 320 milhões para obras de dragagem e contenção de encostas

Os testes devem ser realizados na primeira quinzena de outubro. A Defesa Civil do Estado já começou a identificar os locais que serão usados como refúgio no período de alerta. Além das sirenes, serão implantados pluviômetros para medir a intensidade das chuvas.
De acordo com o coronel, agentes comunitários estão sendo treinados por meio de uma parceria com os órgãos municipais de Defesa Civil para que a população conheça o projeto.

– Em Nova Friburgo, por exemplo, ainda há algumas pendências. Pontos que eram considerados seguros até a enxurrada de janeiro passaram também a constar na lista de locais de risco.

Como foi a Tragédia das chuvas 
Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.
Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 900 pessoas e deixaram quase 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.
As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.
A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).
Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.
Veja fotos de antes e depois das cidades atingidas pelas chuvas 

(Arraste a seta de um lado para outro  para ver as imagens )
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário