Frustração leva americanos comuns
a se candidatarem à Presidência
Pelo menos 283 pessoas já apresentaram candidaturas independentes para 2012
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Scott Olson/17.11.2011/Getty Images/AFP
Perfil dos candidatos independentes é influenciado pela frustração com a economia, diz o cientista político Richard Winger, que cita o movimento Occupy Wall Street em Nova York (foto)
Em um momento em que pesquisas de opinião mostram mais e mais americanos frustrados com os rumos do país e com os políticos tradicionais, cidadãos comuns estão se inscrevendo para disputar a Presidência dos Estados Unidos.
Até a noite desta quinta-feira (17), 283 pessoas haviam apresentado sua candidatura para a eleição presidencial de 6 de novembro de 2012, segundo a FEC (Comissão Eleitoral Federal, na sigla em inglês).
Ao lado do presidente Barack Obama, que busca a reeleição, e de políticos tradicionais, como o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, líder das pesquisas de intenção de voto do Partido Republicano até agora, a lista traz os nomes de dezenas de desconhecidos, a maioria independentes ou filiados a partidos menores.
O número alto de candidatos não é novidade, e a tendência se repete a cada eleição. A maioria não irá adiante na disputa e nunca terá seu nome inscrito na cédula de votação, uma etapa bem mais difícil do que a apresentação da candidatura, com regras diferentes em cada Estado.
No entanto, analistas afirmam que a atual crise econômica, a alta taxa de desemprego e a desilusão com os dois partidos principais – Democrata e Republicano – foram os fatores que motivaram muitos dos atuais candidatos a tentar a sorte na corrida pela Casa Branca.
"Essas pessoas estão de alguma maneira frustradas com os políticos tradicionais, ou não teriam decidido concorrer elas próprias à Presidência", disse à BBC Brasil Richard Kimball, presidente do projeto Vote Smart, que reúne e distribui informações sobre candidatos políticos nos Estados Unidos.
- Mas também há um grande número de pessoas que resolvem se candidatar apenas por brincadeira.
Perfil
Uma leitura mais atenta da relação de candidatos revela, entre muita gente que aparentemente entrou na disputa apenas por diversão, vários exemplos de frustração com os grandes partidos e com a crise econômica.
Ex-militar, o candidato independente Andre Barnett se define como "um verdadeiro patriota" e diz ter decidido se candidatar após perceber que as divisões políticas não vão ajudar o país. Ele promete "não ficar parado e assistir a esse grande país continuar a ser liderado pela burocracia corporativa".
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