quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Polícia Federal prende três por
 crime ambiental em Jurubatiba

Três pessoas – duas mulheres e um homem - foram presas em flagrante pela Polícia Federal por crime ambiental nesta quinta-feira (3) nos arredores do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. O grupo fazia parte de uma invasão que foi descoberta no último sábado pela equipe da Ação de Ordem da Prefeitura de Macaé, ligada à Câmara Permanente de Gestão. Os três vão responder pelo artigo 40 da Lei de Crimes Ambientais, que é inafiançável. O crime pode render de um a cinco anos de prisão.

Nesta quinta-feira, a equipe da Prefeitura acompanhada da Polícia Militar e da Polícia Federal, flagrou as três pessoas no local. Além de queimada, eles provocaram degradação e desmatamento em uma área considerada de alta relevância ambiental, e ainda ameaçaram os agentes ambientais. Eles foram presos em flagrante e foram autuados por crimes de degradação ambiental, queimada, desmatamento e penetração em área ambiental sem autorização legal.

Os três foram ouvidos pelo delegado Júlio César Ribeiro, que informou que todos faziam parte do Assentamento Celso Daniel. A Polícia Federal apreendeu no local cordas, facões, enxadas, lonas de acampamento, moirões, cerca de arame, fitas zebrada e fios de barbante. A equipe fez a retirada de todo o material e destruiu pontes construídas de maneira irregular, que davam acesso à área de preservação permanente. Os três foram levados para a Polícia Federal de Campos, e de lá, seriam transferidos para a Polinter, no Rio.

CONHEÇA MELHOR A
RESTINGA DE JURUBATIBA...

    Fotos: Welligton Cordeiro
 

Quando o Brasil foi descoberto, a região do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, entre a foz do rio Macaé e a do rio Paraíba do Sul era ocupada pelos índios Goitacazes.

O nome do local é oriundo do tupi, composto por jeribá (uma espécie de palmeira) e tiba (porção), portanto significando terra de jeribás, ou mais apropriadamente, terra de plantas espinhosas.

Originalmente, o nome era grafado Jerebatiba. Depois dos índios Goitacazes terem sido dizimados em lutas que uniram os portugueses do Espírito Santo com os índios cristianizados de São Pedro da Aldeia, a região foi doada em sesmarias aos Sete Capitães.

As terras de restinga ficaram intocadas no seu interior porque em torno havia terras muito melhores, seja os campos utilizados para pecuária, seja os solos podzólicos (massapê) bem irrigados onde se planta cana-de-açúcar.

Recentemente, a expansão da indústria turística gerou a ocupação com casas de veraneio nas praias de Carapebus (lagoa de Carapebus), João Francisco (lagoa de Piripiri) e Visgueiro (lagoa do Visgueiro). Também iniciou-se o aproveitamento "das areias" com plantações de coco e abacaxi.

Outro aspecto foi a expansão de campos plantados para criação de gado.

Com o incentivo de várias organizações e pessoas que defendiam a proteção da região, o Parque Nacional de Jurubatiba foi reconhecido em 1992 como reserva da biosfera pela UNESCO num estudo assinado por 126 cientistas e criado por lei federal em 1998.

Em toda a sua extensão, existem praias virgens. Como é um Parque Nacional recente, ainda não possui plano de manejo. Portanto as visitas são feitas mediante o acompanhamento de guias turísticos ou em veículos de agentes do IBAMA

Área de extrema relevância para a pesquisa cientifica, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba constitui-se em verdadeiro laboratório natural.

Atualmente, o trabalho na area envolve mais de 130 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, representando 12 instituições.

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