quarta-feira, 15 de agosto de 2012

m Campos: Morre o jornalista Aluyzio Barbosa da "Folha da Manhã"

A imprensa da cidade de Campos-Rj,  sofre uma grande baixa. Morreu aos 76 anos, o jornalista, fundador e consultor geral do Jornal "Folha da Manhã", Aluysio Cardoso Barbosa.

O jornalista, como sempre fez questão de ser chamado, não resistiu a complicações provenientes de uma cirurgia para combater um câncer no pulmão. Ele estava há 33 dias internado no hospital da Unimed, onde permancia desde que retornou da cirurgia feita em Porto Alegre.

Junto com a família, Aluysio Barbosa, o Barbosão, fez do Jornal um Grupo e deu espaço a centenas de jornalistas, que com ele aprendeu a amar a profissão e, acima de tudo, fazer jornalismo sério.

Seu corpo será velado no salão da InterTV Planície, prédio leva o nome do jornalista. Há 34 anos, da ideia de um jornalista que queria dar espaço a notícias, muitas vezes veladas, nasceu a Folha. Ele queria fazer um jornalismo diferente, empregando o que aprendeu nos grandes centros trabalhando, por exemplo, no Jornal do Brasil.

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Morre, o repórter

Ouvia falar sobre Aluysio Cardoso Barbosa, quando encontrei a vocação para ser jornalista. Ele, na época, era editor de A Notícia, de Sílvio Fontoura e Hervé Salgado Rodrigues lá pelos meados dos anos 70. Deixando de engantinhar em 78 fui ser repórter de José Cunha Filho, e Aluysio já havia saído para criar o seu próprio jornal, a Folha da Manhã. De lá pra cá, o repórter como gostava de se identificar nos lugares onde fazia suas matérias até com os seus vividos 76 anos não mais parou. O seu projeto arrojado, com fotos mais nítidas, papel mais claro e um novo modelo gráfico off-set foi uma verdadeira revolução na mídia impressa em Campos. Entre 80/84, nos esbarramos pela primeira vez na redação da Folha, quando chegou a ser editor com outros colegas, como Martinho Santafé, Giannino Sossai, Sérgio Escovedo e Paulo Ourives. Depois na segunda fase, em 2005/2012 já como consultor de sua obra-prima, e na chefia de reportagem trocávamos figurinhas no dia a dia, como pautas, matérias e até coberturas especiais. Entre um cafezinho e outro, um cigarro e outro, Aluysio mesmo avesso à festas sempre gostava de companhia e de conversar sobre os acontecimentos do dia a dia. Com um tratamento peculiar, ele foi o segundo pai de muita gente, inclusive o meu que sempre dispensava um carinho aos que estavam à sua volta chamando de “meu filho, minha filha”. Dificil não associar à Folha a Aluysio. Ele é a própria Folha. Aluysio é referência no jornalismo campista, a quem devemos ser gratos pela oportunidade que nos deu. (texto de João Noronha, transcrito agora a noite da Falha da Manhã on line)

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