Rede confirma sete
parlamentares em sua bancada
Um dos coordenadores da criação do partido Rede, Pedro
Ivo confirmou na manhã deste sábado (16), no encontro nacional de
criação da legenda, em Brasília, que ele já nasce com sete
parlamentares, sendo quatro deputados federais e três vereadores. Vão
integrar a nova legenda os deputados federais Domingos Dutra (PT-MA),
Walter Feldman (PSDB-SP), Alfredo Sirkis (PV-SP) e a deputada
estadual Aspásia Camargo (PV-RJ). Entre os vereadores estão Ricardo
Young (SP), Jefferson Moreno (RJ) e a ex-senadora Heloísa Helena (AL).
Estes parlamentares ainda não vão se desligar de seus
respectivos partidos. Isto deve acontecer apenas após a criação oficial
do partido Rede, que deve ocorrer provavelmente em setembro.
O novo partido da Marina Silva tem o desafio de conseguir
ultrapassar todos os passos burocráticos até setembro para estar apto a
disputar as eleições de 2014. Depois da coleta de 500 mil assinaturas, o
pedido de registro da nova legenda ainda passará pela apreciação do
TSE. "Vamos dedicar os próximos três meses para a coleta de assinaturas.
Não será difícil", disse o deputado Walter Feldman (SP).
A ex-senadora Marina Silva negou, no entanto, que a nova
legenda tenha como prioridade a disputa das eleições de 2014. Marina é
apontada como uma possível presidenciável pelo Rede. Segundo ela, a
criação deste novo partido visa encobrir um vácuo ético, cultural,
social e de valores. "É um partido para questionar a si próprio. Não
pode ser um partido para eleição. Estamos disputando uma nova visão de
mundo”, afirmou no encontro.
Dizendo que são "diferentes", Marina defendeu alianças
partidárias. "Nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma
(Rousseff). Se a presidente estiver fazendo coisa boa para o Brasil,
somos favoráveis. Se ela for contra o Código Florestal, o voto é
contrário. Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar
sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes.
Marina Silva criticou o que ela chamou de movimento em
caráter mundial destituindo valores econômicos, sociais e políticos.
Para ela, a humanidade vive “uma crise civilizatória que não é fácil de
ser enfrentada”.
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