Os banqueiros estão quebrando a cabeça para salvar as empresas de Eike Batista e evitar um rombo em seus próprios balanços.
Eike deve R$ 25,1 bilhão no mercado. Com um buraco desse tamanho, o
problema não é só dele, mas de todos que têm dinheiro no grupo X.
Demorou, mas os credores conseguiram convencê-lo de que a única saída é vender seu império aos pedaços, pelo preço que aparecer.
Mas nem isso é tarefa das mais fáceis, por causa de uma conta simples:
na maioria dos casos, os ativos das empresas não valem as dívidas.
E dá para acrescentar outro complicador: os investimentos necessários para finalizar as obras são vultosos.
Apesar de todas as dificuldades, parece que vai se delineando um caminho mais ou menos parecido em todas as companhias.
A primeira providência é achar um sócio disposto a colocar dinheiro.
Mas, obviamente, ele vai querer pagar barato e obrigar os bancos a
dividir os custos e os riscos.
O segundo passo é esse sócio sentar com os bancos credores. Ele precisa
renegociar a dívida da empresa e vai pedir novos empréstimos para
finalizar a obra.
Itaú e Bradesco vem demonstrando "boa vontade" e rolando as dívidas de Eike em condições camaradas.
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, já disse a interlocutores que vai
analisar empréstimos para as empresas do grupo EBX que mudarem de dono.
Não é um resgate direto de Eike, mas vale ressaltar que ele vai continuar sócio relevante nas companhias.
A verdade é que restam poucas alternativas, depois que o banco estatal
aprovou R$ 10 bilhões em empréstimos ao empresário e o mercado privado
empenhou outros R$ 15 bilhões.
A outra opção é as empresas quebrarem, abalando a imagem do Brasil e deixando inacabadas obras faraônicas.
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