terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cabral anuncia que política da Segurança continua



O governador Sérgio Cabral, em nota, garantiu que a política de segurança do Rio de Janeiro vai ser mantida, apesar da substituição do comandante-geral da Polícia Militar. O coronel Erir Ribeiro da Costa Filho foi exonerado na segunda-feira (5), após um ano e dez meses no cargo.

"O secretário Beltrame, da Segurança, escolhe o comandante da PM, a ele hierarquicamente subordinado. O governador tem dito e repetido que delega o comando da Segurança ao secretário Beltrame. O governador deixa claro que a mudança de comando na PM em nada muda a política de pacificação", diz a nota.

"Quero agradecer toda a dedicação, lealdade e seriedade do coronel Costa Filho à causa pública e ao serviço da Segurança Pública em nosso estado. Costa Filho é um exemplo de oficial", disse Cabral em nota.

Expectativa é grande, nesta terça-feira (6) para a divulgação do nome do novo comandante-geral da Polícia Militar. Durante o fim de semana, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, se disse muito insatisfeito com a medida tomada pelo coronel de anistiar cerca de 450 PMs por crimes administrativos.

Punições, que segundo o coronel, vale apenas para crimes leves, como faltas e atrasos e questões internas. Segundo o coronel, policiais punidos durante as manifestações não foram anistiados. Com a saída de Erir Ribeiro, a decisão sobre o decreto de anistia dos policiais caberá ao novo comandante.

O comentarista de segurança do Bom Dia Rio, Rodrigo Pimentel, disse que política de segurança do estado é um projeto do secretário Beltrame.  Ele informou ainda que existe um planejamento para implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora na Maré, no Subúrbio do Rio para os próximos dias e que deve sofrer um pequeno atraso por causa da mudança no comando da PM.
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“O novo comandante da PM é o executor dessa política. O que pode acontecer é um pequeno atraso da próxima UPP. Uma UPP exige muito planejamento muito acerto com a Polícia Federal, com a Marinha. Isso deve atrasar um pouco”, calcula Pimentel.

Ele disse que a exoneração não foi causada pela anistia, que é uma das atribuições do cargo de comandante-geral.  Pimentel destacou que o coronel Erir, ao assumir o posto prometeu fazer uma faxina na PM e foi o oficial que mais afastou policiais por desvio de conduta, mais de 300 PMs.

“Essa punição era administrativa. Mas anistia do jeito que foi feita, chocou a sociedade, com pouca transparência no boletim reservado”, disse o especialista.

Segundo Pimentel, já existia uma mágoa do comandante-geral com o secretário de Segurança Pública e ele já despachava diretamente com o governador Sérgio Cabral.  Uma afronta à hierarquia.

“Esse é o quinto comandante da PM na gestão do secretário Beltrame. A quinta tentativa do secretário em seis anos. Ele errou cinco vezes. Já existia um desgaste”, disse o especialista que acredita que o secretário buscará um novo comandante mais próximo a ele e engajado no processo de pacificação da cidade.

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