Profissionais da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) realizaram pesquisa que apontou o diagnóstico das
condições ambientais da bacia do Rio Macaé. O trabalho foi apresentado
aos membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Commads), que discutiram alternativas para a preservação.
De acordo com o governo municipal, o diagnóstico pode servir como um instrumento importante para a gestão, buscando promover a recuperação e a conservação dos recursos hídricos, garantindo assim água em quantidade e qualidade.
O professor Maurício Molisani, coordenador do estudo, apresentou a coletânea de trabalhos realizados pelo Núcleo de Pesquisas em Meio Ambiente (Nupem/UFRJ) sobre o Rio Macaé, incluindo as nascentes, foz e região costeira. "As pesquisas foram sobre as medições da quantidade e qualidade das águas na bacia do Rio Macaé e sobre aspectos e a qualidade ambiental da foz do Rio Macaé. A finalidade foi gerar informações para subsidiar ações de gestão ambiental do comitê de bacias hidrográficas do Rio Macaé, além de gerar informações para sensibilizar governantes e realizar educação ambiental", explicou o professor.
Através do estudo foi possível apontar impactos negativos, em especial sobre a contaminação por poluentes aos quais o manancial vem sendo submetido. Na foz do rio Macaé, as pesquisas revelaram ausência de oxigênio dissolvido na água no período entre às oito horas e às dezesseis horas. Os trabalhos mostraram ainda que os resíduos são majoritariamente provenientes de atividades humanas, em especial esgotos, agropecuária e resíduos sólidos.
Com os dados sobre o estudo, foi possível verificar que o cenário ainda é passível de reversão, a um custo financeiro relativamente baixo, devido ao estágio de degradação ainda não ser tão extremo. "Mostramos que não é necessário grandes aportes financeiros, pois, diferente de outros ambientes que estão degradados há anos e que necessitam de expressivos recursos para sua recuperação, podemos preservar as condições que ainda são satisfatórias do Rio Macaé e recuperar o degradado", finalizou Maurício.
Foto: Ana Chaffin
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