FOTO: RAUL SILVESTRE
As secretarias de Limpeza
Pública e Ambiente, juntamente com a Empresa Pública de Saneamento
(Esane) estão realizando uma força-tarefa para recuperar a Lagoa de
Imboassica. Uma das primeiras ações está sendo feita pela secretaria de
Limpeza Pública, que iniciou neste mês um intenso trabalho de retirada
de materiais da lagoa prejudiciais à sua sobrevivência, como lixos e o
excesso de plantas aquáticas como taboas e gigogas.
Cerca de 10 homens trabalham diariamente na limpeza do local, com o
auxílio de três caminhões e de duas máquinas, uma retroescavadeira e uma
draga-esteira. Segundo o responsável pela equipe de limpeza, Robson da
Silva Henrique, são retiradas uma média de 35 caminhões de materiais da
Lagoa de Imboassica por dia. O lixo é destinado para o aterro sanitário,
e o excesso de taboas e gigogas recolhidas são reutilizadas como adubo
em locais de plantação.
O excesso de taboas e gigogas também afeta a saúde do ecossistema, pois
impede a entrada de luz solar no espelho d’água, diminuindo a quantidade
de oxigênio na lagoa e provocando o desaparecimento de peixes e demais
espécies aquáticas.
Outra ação que vem sendo realizada é a pavimentação do entorno da lagoa
que, além de contribuir com o aspecto paisagístico do local, é
fundamental para evitar que os sedimentos do solo exposto sejam jogados
para dentro da lagoa, evitando o seu assoreamento.
“O trabalho também foi uma solicitação da própria população, visto que a
sujeira da lagoa começava a atrair grande quantidade de mosquitos e
roedores para as residências próximas ao local”, disse o secretário de
Limpeza Pública, Célio Chapeta. O secretário também destacou o trabalho
de revitalização da beleza cênica do local, onde estão previstas
intervenções, a médio e longo prazo, no paisagismo do cais e a reforma
de quiosques.
“Neste contexto, o trabalho da Secretaria de Limpeza é fundamental para a
retirada de gigogas, taboas e juncos, para evitar a proliferação de
animais nocivos, como roedores e mosquitos. Isso também evita o acúmulo
de matéria orgânica que cresce em grande velocidade, além de impedir o
processo de infiltração e acúmulo de água ou resíduos na terra, elevando
o solo”, ressaltou o secretário de Ambiente, Guilherme Sardenberg.
O tratamento do esgoto da lagoa vem sendo realizado desde a inauguração
da Estação de Tratamento (ETE) Mutum, em março deste ano, e é resultado
da parceria entre a Empresa Pública de Saneamento (Esane) e a empresa
Foz.
O presidente da Esane, Marcos Muffareg, também destaca a importância do
tratamento de esgoto aliado ao serviço de limpeza da lagoa. “Nossa
intenção é tratar de forma adequada 80% do esgoto que é lançado na Lagoa
de Imboassica até o início de 2014, alcançando sua totalidade até o
final do próximo ano”, comentou.
Para a moradora Rita Martins, que mora no bairro há 12 anos, a
iniciativa veio a contribuir com o aspecto paisagístico do local, que há
muito tempo não passava por uma limpeza como essa. “Temos que cuidar
desse importante patrimônio, pois na minha opinião é o local mais bonito
de Macaé e deve ser recuperado o quanto antes”, observou.
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