Foram pouco menos de 60 funcionários,
conforme informou a petroleira.
No início de outubro, a OGX
deixou de pagar US$ 45 milhões a credores.
A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, demitiu perto de 60
pessoas do seu quadro de funcionários, segundo informou a companhia
nesta terça-feira (8). Em nota, a empresa diz que está conduzindo um
processo de reestruturação financeira, "que passa pela negociação com
credores, otimização de portfólio e custos, além de alguns ajustes no
quadro de colaboradores".
No dia 1º de outubro, a OGX
comunicou ao mercado que não pagaria a seus credores cerca de US$ 45
milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa
no exterior que vencem naquele dia.
A decisão da empresa - que tem pouco dinheiro disponível e lida com um
fracasso em sua campanha exploratória - pode ser o primeiro passo do que
pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa
latino-americana, destaca a Reuters.
"A companhia optou pelo não pagamento das parcelas referentes aos juros
remuneratórios, no valor aproximado de 45 milhões de dólares,
decorrentes das Senior Notes emitidas pela OGX Austria, controlada da
companhia, as quais venceriam na data de hoje", informou a petroleira no
fato relevante.
Derrocada
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
Com pouco dinheiro disponível e fracasso na produção de petróleo até o
momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que
arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento
de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.
A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que
possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa. A
Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX
para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira
brasileira.
A OGX contratou como assessores o banco Lazard e o grupo de
investimentos Blackstone para coordenar as discussões com os detentores
de bônus, enquanto revisa sua estrutura de capital e plano de negócios.
No começo de setembro, a diretoria da OGX decidiu exercer uma opção da
companhia contra seu controlador, exigindo o aporte de US$ 1 bilhão na
empresa prometido por Eike no ano passado, em caso de necessidade.
O empresário, que viu sua fortuna desabar diante do contágio nas outras
empresas "X" pelo fracasso da OGX, questionou a validade do exercício
da opção pela petroleira e disse que poderá recorrer à arbitragem.
No início de setembro, Eike informou que reduxiu para 50,16% sua participação no capital da companhia.
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