O jornalista e advogado Maurício Azêdo, presidente da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), morreu às 18 horas desta sexta-feira, 25,
no Rio, aos 79 anos, vítima de parada cardíaca. Ele estava internado
havia duas semanas no Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul), por
razão não divulgada pela instituição.
Por ocasião em que Maurício Azedo presidiu o legislativo carioca, nos anos de 1983-85, foi
um grande parceiro da Câmara Municipal de Macaé, na luta pela criação
da lei dos royalties do petróleo. Ontem a noite (25), os ex- vereadores
Rubem Almeida e Humberto Mattos de Assumpção, que participaram na época
pela aprovação da lei dos royalties de petróleo, ficaram sentidos ao
saber da triste notícia do falecimento do ilustre jornalista e político.
O estimado médico macaense, Humberto Assumpção e Maurício Azevedo, eram
amigos de longas datas.
Carioca nascido em Laranjeiras (zona sul), Oscar Maurício de Lima
Azêdo formou-se em Direito em 1960 pela Faculdade de Direito do Catete,
mas continuou se dedicando ao jornalismo, que exercia desde 1958. Foi
repórter, redator, cronista, editor, chefe de reportagem, editor-chefe e
diretor de redação de veículos como "Jornal do Commercio", "Diário
Carioca", "Jornal do Brasil", "Diário de Notícias", "Jornal dos Sports",
"Última Hora", "O Dia", "O Estado de São Paulo" e "Folha de S. Paulo".
Também atuou em revistas como "Manchete", "Fatos & Fotos", "Pais
& Filhos", "Realidade" e "Placar", cuja criação foi baseada em
projeto de sua autoria e da qual foi o primeiro editor-chefe.
Em parceria com o jornalista Fausto Neto, foi autor de biografia do
jogador de futebol Almir Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, publicada
originalmente como uma série de reportagens da revista Placar, em 1975.
Nos anos 1970, Azêdo foi o principal editor do "Boletim ABI", um dos
mais importantes jornais de contestação do regime militar. Azêdo também
foi um dos fundadores e diretores do Cineclube Macunaíma, que realizou
sessões e atividades culturais na ABI de 1973 a 1985.
Militante da União da Juventude Comunista, integrou o PCB e depois o
PDT. Em 1982 Azêdo passou a se dedicar à vida pública, elegendo-se
vereador no Rio em três legislaturas (1983-88, 1989-1992, 1993-1996).
Também foi presidente da Câmara Municipal no biênio 1983-85, secretário
municipal de Desenvolvimento Social (1986-1987) e conselheiro do
Tribunal de Contas do Município do Rio entre 1999 e 2004.
"Maurício foi não só um jornalista, mas essencialmente um homem de
jornal, que deu uma contribuição notável para o jornalismo brasileiro, e
foi uma pessoa coerente com suas ideias ao longo de toda a vida", disse
Ricardo Pedreira, diretor executivo da Associação Nacional de Jornais
(ANJ).
O corpo será velado a partir das 8h deste sábado na capela número 8 do
Memorial do Carmo e o sepultamento está marcado para 16h do mesmo dia,
no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Maurício deixou viúva
Marilka, com teve duas filhas, e mais dois filhos do primeiro casamento.
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