sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O PEN abriu as portas e Marina decide neste sábado


Ex-senadora Marina Silva antes de falar à imprensa Foto: Ailton de Freitas / O Globo


 Depois de se reunir com aliados do Rede Sustentabilidade na tarde desta sexta-feira, a ex-senadora Marina Silva disse que ainda está em processo de decisão. Ela deve anunciar somente no sábado se vai se filiar a outro partido para se candidatar à Presidência da República.

- Ainda estou no processo de decisão. Exatamente porque é sério que eu ainda tenho uma longa noite e um dia - disse a ex-senadora.

Marina afirmou que a Rede já é um partido:

- É um partido sobretudo porque tem base social, em todas as unidades da federação. Tem militantes, simpatizantes e torcedores. E é um partido porque tem ética e coerência entre o que diz e o que faz.
Pela manhã, Marina participou de uma teleconferência com 60 pessoas da executiva do partido e aliados, em todo o país. Durante a tarde, a executiva do partido se reuniu na casa de Marina em Brasília. Segundo um dos integrantes, foi um dia de “consultas”. A ex-senadora disse que precisa ainda de um momento de “reflexão”

- Hoje durante o dia foi uma série de conversas que continuam para que tenhamos um posicionamento compatível e coerente – afirmou.

Dirigentes de outras legendas ligaram para a senadora, mas a tônica dos debates que consumiram à tarde de hoje foi a consulta interna, na Rede, sobre o posicionamento que a senadora deve adotar.

Marina disse que os partidos a estão abordando de forma delicada, e com a percepção que que estão falando não somente com ela, mas sim com uma "força política". Ela afirmou que estão se aproximando dela apenas os partidos que têm perfil de poder buscar um acordo "programático". ela destacou que os partidos se aproximam sabendo que, apesar de a Rede não ter registro, é uma força política.

- Eu tenho sido coerente desde que sai das eleições. Estamos tentando com a Rede construir esse campo.
Marina Silva fez uma crítica à política de distribuição de cargos para aliados do governo e disse que o modelo de “quem faz governabilidade baseado em distribuição de pedaços do Estado para os partido que dominam a política” deve ser criticado.

- Se faz política no momento da vazante e não da cheia. Estamos aproveitando esse restinho de vazante para adensar as propostas. Agora sem o registro - afirmou, completando:

- Esse é o manejo que estamos fazendo: como manter os princípios e a coerência e dando contribuição para o país. A forma que ela se realizará durante as eleições amanhã nos vamos divulgar para os senhores.
Indagada se sentia derrotada, a ex-senadora respondeu:

- Quando eu saí do Ministério do Meio Ambiente, uma jornalista perguntou se eu me sentia derrotada. E eu disse que “a derrota ou a vitória só se medem na história”. E neste momento quero dizer a mesma frase. De ontem para hoje não é motivo para dizermos que já temos a realização da história.

 O PEN está de portas, janelas, tudo aberto para Marina...


 O presidente nacional do PEN (Partido Ecológico Nacional), Adílson Barroso Oliveira, disse recentemente que o partido está aberto para filiar a ex-senadora Marina Silva e todo seu grupo da Rede, cujo registro foi negado na noite desta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

- O PEN está de portas, janelas, tudo aberto para Marina. Ela seria aceita até como presidente nacional do PEN. O nosso partido é o único que tem a ideologia dela - disse Barroso.

Segundo ele, alguns políticos da Rede já estariam fechando com o PEN em Rondônia e São Paulo, por exemplo.

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