sexta-feira, 29 de novembro de 2013

  • Governo autorizaria alta este ano, mas não a fórmula de reajuste da Petrobras
DANILO FARIELLO
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Preço da gasolina apresenta uma defasagem de 15% em relação aos preços internacionais, e o diesel, de 20%
Foto: André Teixeira / Arquivo
Preço da gasolina apresenta uma defasagem de 15% em relação aos preços internacionais, e o diesel, de 20% André Teixeira / Arquivo
BRASÍLIA e RIO - O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira em São Paulo e deve definir um novo reajuste da gasolina e do óleo diesel para vigorar ainda este ano. Segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), o preço da gasolina apresenta uma defasagem de 15% em relação aos preços internacionais, e o diesel, de 20%.
Embora a estatal apresente uma situação financeira crítica no curto prazo, devido às despesas com investimentos e impacto da importação dos combustíveis nas contas, a meta do governo é manter a inflação abaixo dos 5,84% de 2012. Por isso, os reajustes vêm sendo represados pelo governo. Se aprovado um aumento de 5%, percentual em discussão na equipe econômica, o impacto direto no IPCA será de 0,2 ponto percentual este ano. O diesel, que tem impacto menor no IPCA, pode subir 10%.
Por outro lado, a nova metodologia que prevê reajustes automáticos do combustível, em estudo pela Petrobras, ainda está em discussão e deve ser aprovada só no ano que vem. Ao apresentar a proposta no Conselho, sem aprovação prévia da equipe econômica, a diretoria da Petrobras entrou em rota de colisão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A polêmica gira em torno de uma possível indexação aos preços internacionais da commodity. Por isso, a discussão está em banho-maria por ora, com aval do Planalto.
Conforme afirmado por Mantega na terça-feira, a elaboração de uma metodologia para reajustes automáticos do combustível ainda está em elaboração.
Segundo analistas e investidores, um reajuste nos combustíveis é crucial para que a estatal tenha fôlego para arcar com custos de bônus e investimentos exigidos tanto em projetos em andamento como em novos projetos, a exemplo de Libra e os blocos de gás arrematados na quinta.
Colaboraram Geralda Doca e Ramona Ordoñez


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