Em vez de mais banheiros, a delegacia mais próxima
Quem for pego fazendo xixi em Copacabana no Réveillon não terá alívio da prefeitura
Rio - A Princesinha do Mar deverá cortar um dobrado para não deixar a coroa cair na virada do ano. Como divulgado na sexta-feira pela prefeitura, apenas 300 banheiros químicos serão disponibilizados para os 2,5 milhões de pessoas esperadas no Réveillon de Copacabana. Ontem, o assunto deu o que falar entre turistas e moradores da cidade, que aproveitaram o dia de sol e calor na praia. Uma novidade polemizou ainda mais o debate: de acordo com a Secretaria de Ordem Pública, quem for flagrado fazendo xixi na rua será encaminhado para a delegacia mais próxima.
Quem estava no mar se assustou com uma mancha avermelhada na água. No fim da tarde de ontem, o Instituto Estadual do Ambiente constatou, por nota, que a coloração era resultado da floração de algas não tóxicas.
Na onda das manifestações que marcaram 2013, o taxista Vitalino Eliseu Pereira, de 67, fez uma sugestão para lá de inusitada para um protesto contra a escassez de banheiros públicos. “Todos poderiam apertar a descarga ao mesmo tempo. Assim, entupimos de vez o Rio de titica”, exclama, animado.
Policiamento na orla já está reforçado
Os preparativos para a festa em Copacabana estão a pleno vapor. Quem passa pela praia já vê as 30 torres de observação instaladas na areia e no calçadão, onde policiais monitorarão focos de conflito na noite da virada. A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal contarão com 5.273 homens, cerca de 212% a mais do que em 2013.
O esquema reforçado já foi visto ontem:
“As pessoas até brincam que tem mais policial do que banhista”, afirmou um guarda, na altura do Copacabana Palace. Morador do bairro, o professor Marcos Freire, de 60 anos, discordou. “Em Copacabana, a segurança privada — dos prédios e hotéis — equivale tanto, ou mais, do que a segurança pública. Essa onda de arrastões não vai ser resolvida só com a presença maciça de policiais”, opinou, clamando por medidas a longo prazo. “O prefeito do Rio parece mais um promoter. Falta planejamento na cidade.”
“Isso é bem complicado. Como cobrar algo de nós se não nos oferecem condições adequadas? Desse jeito, as pessoas vão fazer na rua mesmo”, opinou a estudante Karoline Bandeira, de 17 anos. Ela veio de Rio Branco, no Acre, para conferir a festa em Copacabana com a mãe e o namorado — todos admirados com o tamanho da festa, anunciada como “o maior Réveillon do mundo” por cartazes na orla. Até ontem, dos 143 mil cartões especiais do Metrô colocados à venda, 90 mil já tinham sido vendidos.
Num quiosque em frente ao Copacabana Palace, a australiana Tanya McKenna, de 24, era só sorrisos. “Essa é a minha primeira vez aqui. Fiquei impressionada com a quantidade de natureza espalhada pela cidade”, elogiou. O semblante da moça se fechou depois de ouvir a proporção de banheiros para o público na noite da virada — em média, uma cabine para cada 7.600 pessoas. “É claro que é insuficiente. Na Austrália, provavelmente seria mais organizado”, compara.Quem estava no mar se assustou com uma mancha avermelhada na água. No fim da tarde de ontem, o Instituto Estadual do Ambiente constatou, por nota, que a coloração era resultado da floração de algas não tóxicas.
Na onda das manifestações que marcaram 2013, o taxista Vitalino Eliseu Pereira, de 67, fez uma sugestão para lá de inusitada para um protesto contra a escassez de banheiros públicos. “Todos poderiam apertar a descarga ao mesmo tempo. Assim, entupimos de vez o Rio de titica”, exclama, animado.
Policiamento na orla já está reforçado
Os preparativos para a festa em Copacabana estão a pleno vapor. Quem passa pela praia já vê as 30 torres de observação instaladas na areia e no calçadão, onde policiais monitorarão focos de conflito na noite da virada. A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal contarão com 5.273 homens, cerca de 212% a mais do que em 2013.
O esquema reforçado já foi visto ontem:
“As pessoas até brincam que tem mais policial do que banhista”, afirmou um guarda, na altura do Copacabana Palace. Morador do bairro, o professor Marcos Freire, de 60 anos, discordou. “Em Copacabana, a segurança privada — dos prédios e hotéis — equivale tanto, ou mais, do que a segurança pública. Essa onda de arrastões não vai ser resolvida só com a presença maciça de policiais”, opinou, clamando por medidas a longo prazo. “O prefeito do Rio parece mais um promoter. Falta planejamento na cidade.”
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