Simpatia É Quase Amor completa 30 carnavais com o mesmo espírito de crítica
Bloco cujo crescimento se confunde com o do próprio carnaval de rua do Rio de Janeiro, o Simpatia é Quase Amor chega aos 30 anos mantendo o mesmo espírito de crítica e deboche que marcou seu primeiro desfile, no carnaval de 1985. Frases como “Não tem pão, comam brioco” e “Apagão, nunca ma...(ih, cadê a luz?)" podiam ser vistas no trio elétrico do bloco, que reuniu milhares de foliões no final da tarde de hoje (22) na orla de Ipanema, zona sul do Rio.
“Quando começamos, em 1985, a ideia era reunir um grupo de amigos. Mandamos fazer 150 camisas, a bateria era pequena e o carro de som, uma Kombi, daquelas que vendiam pamonhas”, contou Ary Miranda, um dos fundadores e até hoje na diretoria do bloco.
Segundo Miranda, a associação das cores do bloco – amarelo e lilás - com as do comprimido Engov, usado para curar e se prevenir de ressacas, ficou por conta do imaginário coletivo dos foliões. “Nós escolhemos essas cores porque davam uma combinação diferente das habituais em outros blocos”, disse.
Quando o Simpatia completou 15 anos, foi gravado um CD com todos os 15 sambas do bloco, cantados por nomes como João Nogueira, Martinho da Vila e Beth Carvalho, Monarco e Elza Soares. Na abertura do CD, Aldir Blanc gravou um depoimento, em forma de samba. “Esse ano tivemos a ideia de fazer desses versos e da melodia composta pelo Aldir, a primeira parte do nosso samba. O Aldir autorizou e todos os que disputaram a escolha do samba compuseram uma segunda parte para a que foi criada por ele. Todos eram, portanto, parceiros dele”, explicou Ary Miranda.
O Simpatia é Quase Amor voltará a desfilar no domingo de Carnaval (2), sempre saindo às 16h da Praça General Osório e seguindo pela Rua Teixeira de Mello até a Avenida Vieira Souto, de onde percorrer a orla até o Posto 10.
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