Economia: Do Açu ao Pacífico pelos trilhos
Os presidentes da China, Xi Jinping, do Brasil, Dilma Rousseff, e do Peru, Ollanta Humala, anunciaram a intenção de construir uma ferrovia que cruze a América Latina. Denominada de Transcontinental a ferrovia foi planejada para ter aproximadamente 4.400 km de extensão, entre o Porto do Açu, no litoral de São João da Barra, e Boqueirão da Esperança, no Acre, como parte da ligação entre os oceanos Atlântico, no Brasil, e Pacífico, no Peru. O projeto tem como objetivo unir a costa atlântica brasileira como a pacífica peruana e busca fortalecer a comunicação entre os mercados latino-americanos e asiáticos. A obra foi orçada em R$ 4,9 bilhões, e foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A expectativa inicial do governo federal era ter iniciado as obras no final de 2010, no entanto, foram feitos diversos adiantamentos por falhas no projeto. Os estudos técnicoscontratados por meio do edital serão acompanhados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Se o projeto da Transcontinental sair do papel, o transporte brasileiro vai viver uma nova fase, quem sabe mais eficiente, uma vez que hoje ele é feito praticamente por caminhões em rodovias, que na sua grande maioria, está em péssimo estado de conservação. Além de tudo, o projeto coloca o Noroeste Fluminense de volta a era ferroviária, já que obrigatoriamente os trilhos precisam passar pela região no trecho entre Campos e Muriaé.
Mas tem outros interesses logísticos no projeto, que deve ser licitado antes e envolve a ligação do ramal do Açu, com a ligação Rio-Vitória. Trecho estratégico que a ANTT planeja ligar o Porto do Açu, ao Porto Central, que será construído no município capixaba de Presidente Kennedy.
Estes ramais, cujos estudos as empresas bancaram e entregaram à ANTT, prevê a ligação Campos-Açu e Cachoeiro do Itapemirim-Kennedy (ES) se encontra com a ligação Rio-Vitória, que, por sua vez, interligaria os portos capixabas ao Açu, Macaé, Itaboraí, Rio e ao Porto de Itaguaí, onde encontrará a ferrovia que liga Minas Gerais ao Porto de Santos.
Desafiando o poderio norte-americano, os chineses estariam dispostos a financiar todo o projeto. Afinal, são os maiores compradores de minério e da soja brasileira. O minério seria embarcado no Porto do Açu, e a soja seria exportada pelo lado do Pacífico.
Se o projeto da Transcontinental sair do papel, o transporte brasileiro vai viver uma nova fase, quem sabe mais eficiente, uma vez que hoje ele é feito praticamente por caminhões em rodovias, que na sua grande maioria, está em péssimo estado de conservação. Além de tudo, o projeto coloca o Noroeste Fluminense de volta a era ferroviária, já que obrigatoriamente os trilhos precisam passar pela região no trecho entre Campos e Muriaé.
Mas tem outros interesses logísticos no projeto, que deve ser licitado antes e envolve a ligação do ramal do Açu, com a ligação Rio-Vitória. Trecho estratégico que a ANTT planeja ligar o Porto do Açu, ao Porto Central, que será construído no município capixaba de Presidente Kennedy.
Estes ramais, cujos estudos as empresas bancaram e entregaram à ANTT, prevê a ligação Campos-Açu e Cachoeiro do Itapemirim-Kennedy (ES) se encontra com a ligação Rio-Vitória, que, por sua vez, interligaria os portos capixabas ao Açu, Macaé, Itaboraí, Rio e ao Porto de Itaguaí, onde encontrará a ferrovia que liga Minas Gerais ao Porto de Santos.
Desafiando o poderio norte-americano, os chineses estariam dispostos a financiar todo o projeto. Afinal, são os maiores compradores de minério e da soja brasileira. O minério seria embarcado no Porto do Açu, e a soja seria exportada pelo lado do Pacífico.
A Transcontinental foi concedida à estatal Valec, que já licitou a elaboração do trecho de mil quilômetros entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), fazendo a ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Entretanto, cresce no governo federal o interesse em iniciar a obra pelo trecho fluminense, por conta da facilidade de execução.
Chineses querem bancar novo canal
Uma megaobra de US$ 40 bilhões bancada por investidores chineses na Nicarágua, segundo país mais pobre da América Latina, pode mudar a dinâmica do comércio mundial. O país pretende construir um canal, financiado, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, nos moldes do Canal do Panamá. Ainda sem percurso definido, o canal pode diminuir o custo do transporte em importantes rotas marítimas.
Algumas rotas comerciais que seriam beneficiadas com aumentarão de importância nos próximos anos. Em breve, os Estados Unidos deixarão de ser importadores e passarão a exportar petróleo pelo Golfo do México. Hoje, os petroleiros de maior porte não passam pelo Canal do Panamá para atingir a Costa Oeste americana e a Ásia, mas poderão passar pelo novo caminho.
O comércio entre os países latinos banhados pelo Atlântico e Ásia também seria facilitado, assim como entre os países andinos e a Europa. A obra, apesar de ser iniciativa de um grupo chinês, será benéfica para o comércio como um todo. A China ganha, mas os Estados Unidos também serão beneficiados, assim como toda a América Latina.
(Reportagem extraída da FOLHA DA MANHÃ/Campos)
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