sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Campanha FHC: Aécio e Marina precisam se apoiar contra Dilma
Fernando Henrique Cardoso, antigo Presidente e uma das principais figuras do PSDB, admitiu que caso Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB) passem ao segundo turno, têm de estar juntos para derrotar Dilma Rousseff.
FHC: Aécio e Marina precisam se apoiar contra Dilma
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POLÍTICA
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Em entrevista dada ao Estado, FHC comentou que, apara Dilma não vencer no segundo turno será necessário uma conjugação de forças entre Aécio Neves e Marina Silva.
“Se houver 2.º turno, e acho que vai haver, necessariamente os que estão na oposição terão de apoiar uns aos outros. E quem mais necessitaria seria Marina, para mostrar que tem capacidade de, juntado-se a outros, governar. O Aécio não precisa mostrar isso, o partido dele já governou”, disse.
O antigo governante falou ainda da campanha do PSDB, que passou os últimos 2 meses a associar Marina Silva ao PT, virtude do passado petista da ex-ministra.
Eu não sou favorável a insistir que a Marina é PT porque ela não é mais. Dizer isso é dar crédito ao PT. Essa ideia não partiu de mim. Eu valorizo mais o fato de ela ter deixado de ser do que ter sido. Mas a desconstrução da Marina foi muito mais a questão de banco, (de dizerem) que ela vai servir aos ricos e não aos pobres, que é a tecla do PT. O que é uma infâmia gritante”, disse.
Cardoso comentou também a estigmatização feita a Marina, devido às suas origens.
“Por que a Marina, o que é? É pobre, negra, vem da floresta e sempre foi uma lutadora, só mesmo com muita propaganda para estigmatizá-la como agente do capital financeiro. Não cabe”, comentou.
Por último, FHC comentou a possibilidade do PSDB não chegar sequer ao segundo turno, algo que não acontece há mais de 20 anos.
“Nos tira dessa condição de polarização do debate político de ideias neste momento e, eventualmente, pode ser mais difícil a reeleição dos nossos governadores que forem para o 2.º turno. A eleição atual está mostrando uma independência curiosa do eleitorado que vota diferentemente para deputado, para governador e presidente”, alegou.
”O que mostra que o sistema político partidário eleitoral fracassou, está falido. Se quisermos ter maior consistência no sistema político, medidas terão de ser tomadas.

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