Cidade Universitária recebe palestra de professor francês
02/06/2015 08:46:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer
Foto: Juranir Badaró
Como construir relações vitalizadoras foi assunto do encontro
O presidente da Funemac, Gleison Guimarães, compôs a mesa de abertura do evento, junto com Paulo de Tarso e Rafaella Franco Binatto, do projeto Humanidades, da UFRJ-Nupem. Também participaram da palestra o vice-presidente da fundação, Carlos José Mattos de Andrade; a subsecretária municipal de Apoio à Educação Integral, da Secretaria de Educação (Semed), Andréa Martins Alves; o professor Ângelo Prado, do Instituto de Ciências da Sociedade da UFF-Macaé, além de outras autoridades, alunos, professores e comunidade.
- O debate sobre humanidades é importante num espaço onde há diversos cursos superiores envolvendo diariamente alunos e professores que, com suas histórias, transformam a Cidade Universitária num campus mais caloroso, onde quem chega se apaixona e isso é estendido ao município. Esta palestra é importante no processo de humanização do campus por sua riqueza humana - destacou Gleison Guimarães.
O palestrante frisou que o tema da palestra foi preparado junto com Paulo de Tarso e o seu conteúdo tornou-se o artigo do século. Jean-Marie não quis compor a mesa para, segundo ele, falar perto das pessoas. Apresentou assim, andando de um lado para o outro, os modos como concebe as relações que ajudam a compreender as histórias entre paciente e terapeuta, entre as pessoas, sem julgá-las, no mundo da psicoterapia.
- O paciente traz consigo suas histórias, seus tormentos. E o terapeuta está ali com sua experiência, mas também com suas histórias. Existe, portanto, uma terceira história nessa relação. É a história comum que permite conhecer a história passada que é uma história nova e mudará a vida do paciente, sendo terapêutica para o próprio terapeuta - explicou Jean-Marie.
No trabalho, que será lançado em breve, ele e Paulo de Tarso propõem que as pessoas visualizem as reflexões que ocorrem quando diferentes indivíduos se encontram, as trocas que acontecem, a pele de um envolvendo o outro. A partir daí, algo vai se estruturar e permitirá que o paciente evolua e tome decisões utilizando as sensações do seu corpo situando-se na sociedade e no universo. Eles explicaram que a primeira pele seriam as superfícies; e a segunda, as relações mecanizadas. A terceira pele se constrói a partir do desejo que afeta o mundo e com o qual a pessoa é afetada.
No final, o público fez perguntas e recebeu as respostas que encerraram o evento, com cada um formando a terceira pele com o próximo cuja dimensão pode ir além das relações humanas e também com a natureza em geral. A palestra foi realizada em parceria com a secretaria de Educação.
A Cidade Universitária é gerida pela prefeitura, por meio da Funemac, e está localizada à rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.
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