Final da Sapecada 02/06/2015 |
|
Nos bastidores, músicos reforçam laços de amizade |
|
E as rodas de chimarrão, símbolo da cultura gaúcha, destacam-se como memória viva das histórias contadas em suas melodias. E a cuia bem “cevada”, passada de mão em mão, carrega consigo as experiências de cada um |
|
|
Apesar da competição em cima do palco, na maioria das vezes os “rivais” são amigos de longa data e se encontram com um objetivo em comum: defender as tradições gaúchas pelos palcos da vida (Foto: Sandro Scheuermann) |
|
O coração batendo mais forte, aquele friozinho na barriga e a adrenalina tomando conta do ambiente é cena comum a quem tem a oportunidade de dar uma espiadinha nos bastidores da Sapecada da Canção Nativa nesta noite de terça-feira (2). E não seria para menos. Esta é uma disputa acirrada em um dos maiores festivais do gênero da América Latina. Mas, para disfarçar a ansiedade, músicos, intérpretes, compositores, instrumentistas, todos aproveitam para descontrair, conversar e reforçar os laços de amizade. Pois apesar da competição em cima do palco, na maioria das vezes os “rivais” são amigos de longa data e se encontram com um objetivo em comum: defender as tradições gaúchas e o nativismo que tanto os orgulha pelos palcos da vida.
E as rodas de chimarrão, símbolo da cultura gaúcha, destacam-se como memória viva das histórias contadas em suas melodias. E a cuia bem “cevada”, passada de mão em mão, carrega consigo as experiências de cada um. “É uma convivência sadia, em prol da cultura de um povo. Não temos indiferenças, apesar da rivalidade natural em cima do palco”, comenta o intérprete Marcelo Oliveira.
O cantor, que veio de Gravataí (RS), sabe da importância de estar na final deste evento, pois das mais de 800 músicas inscritas apenas 16 passaram pela triagem dos jurados. “É uma honra pisar neste palco, que considero o melhor do Sul, e o que temos a fazer é mostrar da melhor maneira possível nossa mensagem em forma de música. Este é o caminho para que as canções nativas continuem ultrapassando as fronteiras do Rio Grande do Sul e chegue às outras regiões”, diz. Marcelo se apresenta em Lages antes mesmo do início do festival, animando bailes desde 1991. Na Sapecada se inscreveu dez anos mais tarde, como compositor. Neste ano traz consigo o instrumentista Ricardo Camassetto, ambos com boas expectativas para a apresentação.
Na Sapecada reúnem-se músicos dos três Estados do Sul que preparam suas canções inéditas especialmente para a disputa do festival. Para o compositor Luciano Maia, de São Gabriel (RS), os festivais possibilitam a troca de experiências. Ele e demais companheiros de palco aproveitaram a estadia em Lages para visitar a fazenda centenária do Barreiro, uma das mais famosas de turismo rural da região. “A Sapecada, justamente por ter tamanha projeção, acaba juntando gente muito boa e excelentes profissionais. É sempre bom podermos nos encontrar”, diz. |
|
|
|
|
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário