Oficina de artesanato estimula a geração de renda para famílias do Tapanã

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 30/06/2015 17:43

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  / CRIATIVIDADE / 30/06/2015 17:43

  Com muita criatividade, moradoras do Tapanã descobrem alternativas de geração de renda.

Aliar artesanato a oportunidades de geração de renda às famílias foi o objetivo da oficina de artesanato com palito de picolé, que encerrou na tarde desta terça-feira, 30, para uma turma de mulheres que frequenta o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do bairro do Tapanã, em Belém.

A atividade buscou promover o fortalecimento de vínculos familiares entre todas as idades, possibilitando a aprendizagem de técnicas de artesanato, desenvolvimento da criatividade e de habilidades específicas, para criação de produtos com potencial de comercialização, configurando-se assim, num importante espaço de geração de trabalho e renda alternativa para as participantes.

“Eu me senti mais útil. Vi que tinha criatividade e que agora posso investir para vender o que produzir”, comentou a aluna Ana Paula Nascimento.

Durante um mês de atividades, foram produzidos cestos, porta-jóias, porta-guardanapo, descanso para panelas, e outras peças decorativas. O palito de picolé foi a principal matéria-prima utilizada na confecção dos objetos. Entre as técnicas empregadas estiveram pintura, colagem e desenho, entre outras.  

As participantes puderam levar as peças produzidas por elas, o que incentivou o capricho na produção. Os produtos agora podem ser vendidos entre R$2,00 e R$60,00. “Parece que você abre a mente. As idéias vão surgindo e o melhor é que você pode trabalhar em casa. É um meio de ter a minha própria renda”, disse a dona de casa Aurineide Santos.

De acordo com Siana Ferreira, instrutora do curso, a oficina mostrou a importância do artesanato como fonte de trabalho e terapia, além de incentivar o reaproveitamento de materiais facilmente descartados em casa. “Utilizamos materiais de fácil acesso, preço baixo e reaproveitamento. Fico feliz quando elas mesmas conseguem criar os objetos enquanto interagem umas com as outras”, avaliou a arte-educadora. 

“A oficina é um mecanismo para o fortalecimento dos vínculos familiares que atende ao serviço que desenvolvemos aqui no Cras. Enquanto elas trabalham, temas do cotidiano como violência, meio ambiente, valorização da mulher são abordados. Enquanto elas aguardam os filhos em outras atividades, ocupam o tempo aprendendo também. A família toda ganha com isso”, explicou Vitória Queiroz, coordenadora do Cras Tapanã.

O Cras Tapanã atende em média 400 pessoas por mês. O espaço, gerenciado pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa), é responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais na área de vulnerabilidade e risco social em que se encontra. O Cras funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e fica localizado na Rua das Rosas, nº 194, entre Rua Yamada e Avenida Augusto Montenegro.

Texto: Denise Soares
Foto: Uchôa Silva/Comus
Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA)