sexta-feira, 23 de outubro de 2015


Colombianos operadores de turismo equestre conhecem a Coxilha Rica 
 
No roteiro estão as fazendas Chapada, Ferradura, Rodeio Bonito, Lua Cheia e São João
 
Bernardo Salazar e Ernesto Barreto estavam em Lages na tarde desta sexta-feira (Foto: Sandro Scheuermann)
 
Começou a temporada mais esperada para os amantes de campeirismo e tropeirismo, a época em que se intensificam as cavalgadas pelos campos de planaltos e planícies da Coxilha Rica, um dos redutos naturais mais famosos no mundo quando se fala em Sul brasileiro. De outubro de 2015 até maio de 2016 a Serra receberá grupos de cavaleiros que visitarão a Coxilha Rica, região que guarda os muros de taipas que serviam como corredores para mulas e cavalos que transportavam suprimentos para cidades de São Paulo, a exemplo de Sorocaba.
Dois colombianos operadores de turismo equestre, Bernardo Salazar e Ernesto Barreto, estavam em Lages na tarde desta sexta-feira (23), guiados por Paul Coudenys, belga de origem que escolheu Santa Catarina para viver. Paul mora em Camboriú e está no Brasil há seis anos. Ele trabalha em parceria com a Coxilha Rica Turismo Equestre, do empresário Robério Bianchini.
Os dois colombianos chegaram em Florianópolis nesta sexta e seguiram para Painel, de onde começa a aventura, indo posteriormente às fazendas centenárias da Coxilha Rica. Na Selaria 2000, no bairro Triângulo, os estrangeiros compraram apetrechos indispensáveis para uma cavalgada – botas, chapéus e facas que compõe a indumentária gaúcha. O restante é encontrado nas próprias fazendas, como baixeiros, pelegos, freios e bridões para cavalos. Os turistas foram recebidos pelo proprietário da selaria, Amarildo Guazzelli. No roteiro estão as fazendas Chapada, Ferradura, Rodeio Bonito, Lua Cheia e São João.

Encantos e mistérios da Serra
De acordo com Paul, da agência Gaúcho do Brasil, dois novos grupos de turistas e cavaleiros estão confirmados. Um virá em fevereiro e o outro em abril. Cada grupo concentra de dez a 15 participantes. Uma cavalgada geralmente tem duração de oito dias, em que se percorrem entre 220 e 250 quilômetros. “A cada mês é trazido um grupo. Já recebemos da Inglaterra, México, França, Colômbia, Bélgica e Holanda”, comenta.
A culinária também os fascina: bolo de chuva e de coalhada, cuca, bijajica, feijoada, polenta, entrevero, paçoca de pinhão, arroz carreteiro, preparados no fogão à lenha, além de churrasco e chimarrão. Os trabalhos rústicos artesanais prendem os olhos dos estrangeiros, assim como a música gaúcha. “Eles notam as diferenças entre o Brasil e seu país de origem ou domiciliar. É uma forma de intercâmbio”, ressalta.
O secretário de Turismo, Flávio Agustini, comenta que a Coxilha Rica é singular no mundo. “No turismo é preciso conhecer-se o produto, vivenciando-o para poder promover, divulgar e vender melhor”, entende. Ele recorda que em novembro de 2013 um grupo composto por 14 turistas da Bélgica, França e México chegaram a Lages com destino à Coxilha Rica.
 
 

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