POLO DE CONFECÇÕES DE QUISSAMÃ COM PRODUÇÃO VOLTADA PARA O MERCADO OFFSHORE
COM MÃO DE OBRA QUISSAMAENSE, SÃO PRODUZIDOS MACACÕES PARA O SETOR E UNIFORMES DIVERSOS
A gerente da confecção Maria Letícia Uniformes, Elielza Sales, que está alojada em um dos galpões do polo, disse que fornece para cerca de cinco empresas de Macaé e Rio de Janeiro, todos os tipos de uniformes, e conta com o trabalho de 15 pessoas na confecção das peças, incluindo homens. Elielza contou que ensinou muitos a trabalhar, pois quando chegaram não sabiam manusear as máquinas.
“Em toda a região existe problema com mão de obra e, além disso, a crise afetou todo mundo, toda a cadeia produtiva do mercado offshore. Mas estamos aqui sempre fazendo cursos pelo Senai para aprimorar o trabalho e, é gratificante poder ensinar e dar espaço a esses jovens. As empresas querem qualidade e pontualidade na entrega e acredito que nessas pequenas coisas fazemos a diferença”, pontuou.
Tamires Fernandes dos Santos, de 28 anos, disse que aprendeu muito na confecção. Grávida, já conseguiu comprar boa parte do enxoval para seu bebê. Ela confessa que seu sonho é sair da condição de auxiliar para costureira profissional. “Não me deixaram desistir e agora tenho uma profissão. Quero me aperfeiçoar mais e aprender a lidar com outros tipos de máquinas”, declarou.
A KF Confecções também integra o Polo, sua gerente de produção, Celi Mariano, conta com mais 15 mulheres do município em atividade. Uma empresa de Macaé fornece todo o material e todas as costureiras são de Quissamã e têm carteira assinada. Elas produzem vários tipos de macacão com tecidos específicos como aramida e RF, resistentes ao fogo e altas temperaturas, utilizados, principalmente, pelo setor de petróleo e gás.
Segundo Celi Mariano, a mão de obra pode aumentar de acordo com a demanda, e essa é uma das perspectivas de crescimento do mercado. “Diariamente, produzimos em torno de 70 macacões. Mas como são vários modelos, esse número pode crescer”, ressaltou a gerente.
Dilza de Jesus Andrade é uma das profissionais mais entusiasmadas do Polo. “Adoro fazer o que faço. Aqui é uma parceria, todas se ajudam e espero que a produção aumente para trazer mais pessoas. Era dona de casa, sem muito estudo e queria muito aprender a profissão e hoje estou aqui”, acrescentou a funcionária.
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