Helder Barbalho aposta em forte disputa no leilão portuário de março
Portos
“A palavra crise é destoante do dia a dia do setor portuário", disse o ministro dos Portos
por Portal BrasilPublicado: 24/02/2016 15h44Última modificação: 26/02/2016 10h28
Rovena Rosa/Ag.Brasil
O ministro da Secretaria dos Portos, Helder Barbalho participa do seminário - Setor Portuário: Desafios e Oportunidades
O ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, acredita que o próximo leilão de arrendamento de áreas portuárias do Pará, previsto para o mês que vem, gerará forte interesse dos investidores. Ele citou que a atratividade deve ser elevada principalmente por causa dos aperfeiçoamentos nos editais, que atenderam a sugestões do setor produtivo.
“Estamos absolutamente confiantes que esses investimentos ocorrerão e que será um certame absolutamente disputado”, disse Barbalho, nesta quarta-feira (24), no seminário “Setor Portuário: Desafios e Oportunidades”, promovido pela Secretaria de Portos, em São Paulo (SP).
No total, serão leiloadas seis áreas, todas no Pará. Três terminais de grãos serão leiloados em Outeiro, com investimento da ordem de R$ 730 milhões. Outros dois portos, também voltados para o transporte de grãos, serão operacionalizados em Santarém e Vila do Conde, com investimentos da ordem de R$ 347,5 milhões e R$ 501 milhões, respectivamente. Um sexto terminal será negociado também em Santarém, mas dedicado a fertilizantes, com investimento previsto de R$ 87,9 milhões.
Citando dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o ministro explicou que os investimentos nos portos do chamado Arco Norte (que inclui os Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Bahia) podem gerar uma economia de US$ 46 dólares por tonelada exportada para produtores de grãos localizados na Região Centro-Oeste.
Barbalho voltou a ressaltar que o setor de portos tem uma demanda crescente e que deve continuar crescendo ao longo dos próximos anos. Segundo dados do Plano Nacional de Logística Portuária, a movimentação de cargas em todo o País vai dobrar nos próximos 25 anos, o que justifica a atenção que o País tem dado para o segmento.
“A palavra crise é destoante do dia a dia do setor portuário. Crescemos mais de 70% entre 2013 e 2015 e temos previsão de crescer 103% até 2042”, afirmou o ministro. “Destaco a região do Arco Norte, que teve crescimento de 14,3%, e o Estado do Pará sozinho registrou 24%. Por isso a importância da integração dos modais e do aperfeiçoamento dos leilões. Serão seis áreas leiloadas no Pará em 31 de março”.
“Vamos oportunizar alternativa para o escoamento da produção de grãos pelo Arco Norte”, disse o ministro. “Para isso, precisamos não só dos portos, que estarão prontos para atender à demanda futura, mas deste esforço conjunto que está sendo realizado pelo governo, viabilizando e integrando os diferentes modais.” As medidas, de médio e longo prazos, viabilizarão a ampliação do escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste, principalmente soja, milho e fertilizantes. Algumas terão impacto favorável também em relação ao minério de ferro.
Potencial do Arco Norte
São apresentados no mapa abaixo os principais vetores, as zonas exportadoras e importadoras de grãos e a malha viária que potencializará a movimentação desses grãos.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria de Portos
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