segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

MORADORES DE MACHADINHA EM QUISSAMÃ PARTICIPAM DE OFICINA DE JONGO MIRIM

ESCRITO POR COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL EM . PUBLICADO EM CULTURA E TURISMO

PROJETO É DIRECIONADO PARA CRIANÇAS DE 6 A 12 ANOS

Foto: DivulgaçãoCrianças da localidade aprendendo os passos e a melodia da tradição - Foto: DivulgaçãoTodos os sábados à tarde é possível ouvir os tambores do Jongo tocando alto em Machadinha, comunidade quilombola de Quissamã. São as crianças da localidade aprendendo os passos e a melodia da tradição que chegou junto com os escravos no final do século XVIII.
As aulas fazem parte do projeto “Machadinha – Refletindo e Compartilhando suas Raízes”, que consiste em reforçar para as crianças a importância que a comunidade de Machadinha têm para o desenvolvimento cultural da cidade, como patrimônio material imaterial, através de rodas de conversas intergeracionais, além de estimular a preservação das manifestações tradicionais locais, em especial o jongo, onde elas têm a oportunidade de aperfeiçoar e repassar as batidas do tambor, as letras das músicas e a dança.
A comunidade de Machadinha contou com apoio da Coordenadoria de Cultura e Turismo para inscrição deste projeto, que foi um dos contemplados pelo Edital Microprojetos Culturais do programa “Territórios Criativos” da Secretaria de Estado de Cultura – SEC/RJ. Cerca de 20 crianças de 6 a 12 anos da comunidade estão participando das aulas que acontecem no Memorial Machadinha e são ministradas pela coordenadora do espaço Dalma Ricardo e pelo Mestre Leandro Firmino Nunes. “O resultado já é muito positivo, pois além de ensinar o Jongo, as crianças conhecem um pouco mais sobre suas raízes. Nosso objetivo é valorizar toda a conquista do povo negro reforçando nossa identidade cultural e mantendo viva nossas raízes”, explicou a coordenadora.
Além deste projeto, também está sendo realizado o projeto “ Flores da Senzala”, com contação de história todas as quintas-feiras das 15h30 às 17h e artesanato para as senhoras da comunidade, às sextas-feiras no mesmo horário. A partir do mês de março terão início as aulas do Fado Mirim, também aos sábados. O Presidente da Associação de Remanescentes de Quilombo de Machadinha – ARQUIMA, Wagner Firmino, salienta que a partir desse projeto é possível discutir com a comunidade quilombola de Machadinha temas relacionados às minorias, diferenças e preconceitos. “Através das oficinas podemos sensibilizar e conscientizar as crianças e jovens sobre a importância da existência e da permanência deles em seu local de origem”, salientou.
O coordenador de Cultura e Turismo, Valdeí dos Santos, reforça que a valorização da cultura de Machadinha depende muito desse trabalho de envolver os jovens em suas tradições, para que ela continue sendo passada de geração em geração. “Esse trabalho tem um valor indiscutível para essa comunidade e para nossa cultura, pois garante que sua tradição e valores continuem vivos, sendo passados para as gerações futuras”, enfatizou.

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