Escola Municipal de Dança promove arte e novas perspectivas de vida às crianças e adolescentes

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 30/06/2016 10:38

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  / ESPORTE E LAZER / 30/06/2016 10:38

  Escola Municipal de Dança tem turmas mistas que atendem crianças, jovens e adultos, incluindo pessoas com deficiência

Um dia a dona de casa Maria de Nazaré Campos, 52 anos, passava pela Aldeia Amazônica e soube que a Escola Municipal de Dança estava com inscrições abertas para novas turmas. Aproveitou a oportunidade para matricular a filha mais velha, na época com 8 anos, hoje com 22. Logo o amor pela dança contagiou a família e já são três gerações que freqüentam a escola.

“Comecei a ver as mães trazerem suas filhas, aí vim inscrever a minha primeira filha. Depois de uns anos vieram às netas e coloquei elas nas aulas de dança também. Há pouco tempo, o professor Lindenberg criou uma turma para as mães das alunas e comecei também”, conta Maria de Nazaré Campos.

Ela relata que se deixar, a neta Kethellyasmin Campos Nascimento, 7 anos, vai emendando uma aula na outra. E já falou que quer ser professora de dança. Já a filha mais nova, Josiane, 13 anos além de quere ser professora de dança pretende seguir carreira de bailarina.

Para algumas crianças e adolescentes matriculadas na escola municipal, a dança é uma oportunidade de quebrar barreiras e principalmente de superação, como ocorreu com Joarle Andrade, 13 anos, que passou da hora de nascer e, devido à falta de oxigênio e sofreu paralisia cerebral, que afetou a coordenação motora. Há três anos frequenta a Escola de Dança, depois de ser encaminhado pela professora de educação física. Ele fez um teste e a mãe, a dona de casa Maria de Nazaré Cruz, 40 anos, logo percebeu o quanto o filho gostou de dançar.

“Nós moramos no Tapanã. É muito difícil vir com ele na cadeira de rodas, mas depois que vi o desenvolvimento dele, faço um esforço para ele não perder as aulas. Quando ele iniciou, não conseguia esticar os braços e hoje ele já estica. Também já consegue empurrar a cadeira sozinha” relata Maria.

Joarle já se apresentou no Theatro da Paz, ginásio Altino Pimenta e Sesc. E a mãe ainda conta que as pessoas ficam admiradas com o desenvolvimento dele. “Quando eu passo pra família e os amigos os vídeos das apresentações dele, todo mundo fica feliz. Ele ama dançar. O meu filho mostra que mesmo precisando de uma cadeira de rodas para se locomover, ele não tem limite. Pra gente é um exemplo” conta Maria toda orgulhosa.

Outro aluno que enfrentou obstáculos em nome do amor pela dança foi Maurício Alves de Sousa, 23 anos, que hoje faz parte da Cia Municipal de Dança, da Escola Municipal de Dança. “A minha vontade de dançar vem desde criança, mas devido o preconceito dentro da minha família só quando completei 15 anos tive coragem para procurar a escola e me matricular. Hoje a minha família me apoia”, relata.

Maurício já faz planos para ser professor de dança e continuar a trabalhar como bailarino. Para isso, pretende fazer cursos fora de Belém e se aperfeiçoar.

Escola Municipal de Dança de Belém

A Prefeitura de Belém, por meio do projeto Escola Municipal de Dança, da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) atende 426 alunos, incluindo a parceria com o Propaz Sacramenta com turmas de balé clássico, musicalização, dança moderna e dança contemporânea, nos turnos da manhã, tarde e noite. O último horário é dedicado para alunos que ingressaram na Cia Municipal de Dança e aos idosos no pólo da UEPA.

A Escola Municipal de Dança possui turmas mistas que incluem pessoas com deficiência como cadeirantes, autistas e portadores de síndrome de Down.

No final do ano, a escola apresenta o espetáculo Chapleando e durante o ano visita escolas, hospitais e instituições sociais com o projeto Hora de Arte, levando apresentações culturais e alegria para as pessoas internadas.

Texto: Tabita Oliveira
Foto: João Gomes / COMUS / Oswaldo Forte
Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJEL)