Nossas novas práticas de governança corporativa foram apresentadas nesta terça-feira no evento Fóruns Estadão, organizado pelo jornal O Estado de São Paulo para debater temas que afetam o país. O evento, realizado na capital paulista, contou com a presença do nosso diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Elek Junior, que participou do Painel Desafios.
O diretor ressaltou que estamos aproveitando todas as oportunidades para provar que somos uma empresa íntegra. “Nós queremos conquistar a confiança dos nossos públicos estratégicos e caminhar para uma jornada de recuperação. A empresa tem absolutamente tudo para voltar a despontar como uma das grandes líderes do seu setor. Seu corpo técnico, seus funcionários e sua atividade são absolutamente íntegros”, disse. Ele destacou ainda que uma boa governança corporativa tende a transmitir confiança e, para alcançá-la, é preciso transparência.
Segundo Elek, está em avaliação a possibilidade de aderir ao Programa de Governança das Estatais, lançado no ano passado pela BM&FBovespa, que surgiu em meio aos questionamentos sobre ingerência política nas companhias. Ele lembrou que a adesão é voluntária e até o momento nenhuma estatal entrou para o programa. “Estamos avaliando se nos enquadramos e o que seria necessário para fazer a adesão para trilhar um caminho mais transparente do que o que já temos hoje”, destacou.
Confira alguns dos temas abordados pelo diretor no evento:
Mudanças na gestão
Nosso diretor explicou a necessidade da criação de comitês de assessoramento para dar suporte às decisões e ampliar a transparência: “O perfil dos nossos conselheiros hoje é bem distinto do que era alguns anos atrás e a forma de atuação do conselho foi redesenhada. Ele é hoje suportado por comitês extremamente ativos e orientados para assuntos muito importantes da nossa gestão”. Ele também afirmou que as políticas de decisão foram revistas. “Ninguém mais assina nada sozinho. Comitês estatutários também ajudam nas decisões de projetos importantes”.
Canal de denúncias
João Elek falou sobre a terceirização do
nosso canal de denúncias, o que representou um passo fundamental para aumentar a confiança na ferramenta. Para o diretor, em função do anonimato, o novo canal impossibilita que haja qualquer sistema de retaliação contra o denunciante. Ele acredita ainda que a medida aumenta a produtividade. “Nós temos muita preocupação de ouvir as pessoas, de diminuir a distância que separa a liderança do corpo de funcionários na empresa. Esse canal dá oportunidade de as pessoas poderem expressar aquilo que acham não estar correto".
Novos procedimentos com fornecedores
Segundo Elek, foi necessário também reavaliar os procedimentos de contratação de fornecedores. Para conferir agilidade, as áreas de contratação foram centralizadas, os processos uniformizados e as pessoas treinadas. O executivo explicou que foi criado um rigoroso processo de diligência dos fornecedores, com objetivo de verificar a integridade das empresas e essas mudanças tiveram ótimos resultados. “Algumas empresas são vetadas. Elas então dialogam conosco e implementam medidas que permitem retomar o relacionamento. Passam a adotar nossos procedimentos e começam a verificar as credenciais dos seus fornecedores também. Essa reação em cadeia certamente vai melhorar o ambiente de negócios do país. É esse cenário que precisamos incentivar”.
Treinamentos
Elek comentou o forte movimento de treinamento para prevenção à corrupção que realizamos. Até o momento, já treinamos mais de 60 mil pessoas, com a intenção de chegar a 100% dos funcionários. As áreas mais vulneráveis, como contratação, licitações e tesouraria fazem treinamentos presenciais. “Colocamos os treinamentos como meta de desempenho de todos os funcionários. Quem não vai bem na meta de combate à corrupção vai ter consequências, como retardo no avanço da carreira e impacto na política de remuneração. Isso tem de ser parte integrante na vida do empregado que trabalha na nossa empresa”.
Sistema de consequências
O diretor disse ainda que está sendo implantada na Petrobras uma nova política de consequências, que reforça e aprimora a já existente. “Desvios aos nossos valores e aos nossos procedimentos precisam ser sancionados, naturalmente, na graduação do delito. Uma situação muito grave pode levar inclusive ao desligamento do funcionário”.
O evento Fóruns Estadão teve a participação de Antonio Carlos Nóbrega Vasconcellos, secretário Executivo do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle; Modesto Carvalhosa, advogado, jurista, escritor e professor; Roberson Pozzobon, procurador da República; Emilio Carazzai, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); José Compagno, sócio da Área de Investigação de Fraude e Suporte a Litígio (FIDS); Alexandre Di Miceli, sócio da Direzione Consultoria e Educação Executiva; Mariana Pargendler, professora da FGV Direito SP e Reynaldo Goto, diretor de Compliance da Siemens Brasil.
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Foto: Estadão
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