quinta-feira, 28 de julho de 2016

NOTÍCIA

Mercado recebe com otimismo notícia sobre gestão compartilhada da BR Distribuidora

Mercado

por Portal PlanaltoPublicado27/07/2016 18h22Última modificação27/07/2016 18h22
A Petrobras decidiu mudar o modelo de controle da BR Distribuidora, empresa subsidiária da estatal dedicada a transporte de combustíveis. Segundo o presidente da petroleira, Pedro Parente, a gestão será compartilhada: 51% do capital com direito a voto passará para a mão de parceiros.
Essa decisão faz parte de um programa de desinvestimentos cujo objetivo é melhorar o caixa da Petrobras, diminuir os riscos relacionados a endividamento e aprimorar a governança na estatal e nas suas subsidiárias.
A venda desses ativos, no entanto, não significa que a petroleira sairá totalmente do negócio. Ela ficará com 49% das ações com direito a voto e uma volume considerável dos papéis preferenciais, que não dão direito a participação no conselho.
Com isso, entre 60% e 75% do capital total da BR Distribuidoras continua com a companhia. Todo esse processo deve ser encerrado até o primeiro trimestre de 2017. “Não é porque é melhor ou pior. Uma gestão privada traz um pouco mais de liberdade para empresa”, explicou Marcos Piellusch, professor e coordenador de cursos da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Para ele, o mercado financeiro recebeu a notícia com otimismo. “O endividamento da Petrobras não traz riscos para o curto prazo, mas essa venda de ativos alivia a situação financeira no longo prazo e melhora o folego para que a petroleira possa cumprir as obrigações [com credores]”, observou.
Piellusch considerou, ainda, que a chegada de Parente ao comando da Petrobras e as mudanças que o executivo têm proposto impactaram positivamente o valor da companhia. “Aparentemente, o mercado fez uma boa leitura dessa mudança de gestão [com a chegada de Parente]”, ponderou.
“Tanto que as ações da Petrobras tiveram uma movimentação interessante desde o início do ano, praticamente dobraram de preço”, relatou. Parente confirmou a mudança de controle na quarta-feira (27).
Ele ainda proveitou a ocasião para destacar que a extração de petróleo no exterior pela Petrobras deve continuar. "Não temos intenção de deixar de olhar para o portfólio de ativos de exploração da empresa. Não temos definição de sair da exploração do exterior. O que pode haver é priorizar algumas regiões."

Fonte: Portal Planalto
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