sexta-feira, 24 de março de 2017

Famílias assistidas pela Funpapa fazem arrastão contra a violência

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 24/03/2017 14:49

  • / FOLIA PELA PAZ / 24/03/2017 14:49

    Mobilização pediu o fim de todas as formas de violência


Nesta sexta-feira, 24, dezenas de pessoas assistidas pelos centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) saíram pelas ruas no bairro do Jurunas para chamar atenção da comunidade para os vários tipos de violência e as formas de prevenção do problema. Foi o chamado Carna Cras, projeto com foco no combate à violência, baseado nas políticas de assistência social.
“Este projeto vem sendo montado há cerca de três meses e envolve o público assistido pelos Cras e pelo Centro de Convivência Zoe Gueiros, que passaram por várias oficinas sobre o tema da não  violência, seja ela sexual, contra crianças, idosos, violação de direitos, entre outras. Nós precisamos despertar a sociedade para combater qualquer forma de abuso”, explicou a presidente da Funpapa, Adriana Azevedo.
A dona de casa Claudonice Souza, 38 anos, foi uma das participantes do arrastão contra violência. Ela começou a receber atendimento do Cras após ser ameaçada por pessoas envolvidas com o tráfico de drogas que a expulsaram do lugar onde morava. “Fui obrigada a deixar minha casa. Uma pessoa armada invadiu (a casa) e disse que era para eu sair de lá. Foram dias muito difíceis, mas com o auxílio dos psicólogos, eu estou voltando a ter uma vida normal”, conta Claudonice, que participa dos grupos de artesanato do CRAS. “O que estou produzindo, passei a vender. É dessa forma que hoje pago aluguel para viver com meus filhos”.
O arrastão do Carna Cras saiu do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Jurunas com destino ao Rancho, e teve a participação de pessoas dos centros do Jurunas, Barreiro, Cremação, Guamá, Terra Firme, Pedreira, Aurá, Tapanã, Bengui, Icoaraci, Mosqueiro, Outeiro e Centro de Convivência Zoé Gueiros.
"Antes de integrar esse grupo eu era deprimida, deixei a idade tomar conta de mim. Era como se eu fosse voltada para dentro de mim mesma. Depois de integrar o Zoé eu passei a conviver com as pessoas e aprendi à amá-las, é esse amor que a gente veio transmitir hoje pelas ruas do Jurunas”, declarou a dona de casa Ilma Cunha, de 72 anos, frequentadora do Centro de Convivência Zoé Gueiros.
A ação contou com o apoio da Guarda Municipal de Belém e da Superintendência Executiva de mobilidade Urbana na segurança dos participantes e ordenamento do trânsito.
Texto: Karla Pereira
Foto: Tássia Barros - Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

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