Educação: inclusão é prioridade na rede municipal
2017-05-02 15:46:00 - Jornalista: Joice Trindade
Foto: Rui Porto Filho
Salas de recursos contribuem com desenvolvimento dos estudantes
Davi Monteiro Rangel, de quatro anos, é um deles. O menino apresenta síndrome de down e interage com os colegas, participando de atividades pedagógicas diversificadas nas salas de aula e de recursos.
Depois que ingressou na rede municipal, a mãe percebeu avanços positivos. "Ele melhorou na fala, coordenação motora e na socialização. Me surpreendi com seu desenvolvimento", conta Patrícia de Araújo Monteiro. Outro estudante que apresentou melhorias no desenvolvimento intelectual, social e motor foi Miguel Asafe Crelier Côrrea, que possui síndrome memorial, comprometendo a coordenação motora.
A mãe Roberta Cristina Pinto Côrrea aprova o trabalho da equipe da escola. "Desde que ele entrou na escola ficou mais sociável e independente. É bom ver o Asafe motivado com os estudos. Agradeço a equipe pelo acompanhamento oferecido ao meu filho", comenta.
As salas de recursos são ambientes específicos e contam com mobiliários e materiais adequados como jogos direcionados, kits de desenho geométrico, prancheta de leitura, soroban, guia de assinatura e microcomputadores. Diante do atendimento é realizado um planejamento pedagógico com atividades direcionadas para cada síndrome ou deficiência que o aluno apresenta.
Atendimento Educacional Especializado incrementa aprendizado
O município também conta com professores de libras, intérpretes e professores de braile. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) assiste estudantes que apresentam deficiências físicas e múltiplas, autismo, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Além das salas de recursos, a rede municipal conta com nove salas de Apoio Pedagógico Específico (APE). Os espaços recebem, em horários divergentes aos de aula, estudantes do primeiro ao quinto ano que apresentam transtornos de aprendizagem, emocionais ou de comportamento da infância e adolescência.
Entre os polos que têm apoio pedagógico específico estão as escolas Aroeira, Ciep Maringá (Campo do Oeste), Neuza Goulart Brizola (Barra), Coquinho (Imbetiba), Lagomar, Renato Martins (Ajuda), Jofre Frossard (Centro) e Parque Maria Angélica (Jardim Santo Antônio).
As salas de APE funcionam com objetivo de promover melhoria da aprendizagem e buscar estratégias pedagógicas que possibilitem o entendimento de origens das dificuldades na aprendizagem e uma ação integrada em prol do ensino-aprendizagem.
O trabalho consiste no atendimento a estudantes com distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras (dislalia), dificuldade de aprendizagem acentuada e dificuldade de leitura, escrita e soletração (dislexia) e transtornos da expressão escrita (disortografia e disgrafia), de Matemática (discalculia) e global de aprendizagem (distúrbio da aprendizagem). De acordo com dados do Ministério de Educação (MEC) de 5% a 10% da população em idade escolar apresenta um tipo de transtorno.
A coordenação adverte que o atendimento clínico é indispensável. "Conforme a parceria com a família e a equipe médica, o professor responsável pela sala de APE realiza adaptação das atividades pedagógicas com os alunos. Para receber atendimento, os pais devem apresentar laudo médico e técnico especializado de profissionais como psicólogos e fonoaudiólogos", lembra a fonoaudióloga Raquel Almada.
No segundo semestre, será realizado o Seminário de Educação na Perspectiva Inclusiva. Parcerias com unidades de Estratégia de Saúde da Família (PSF), Centro Especializado de Apoio ao Escolar (Cemeaes), Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) e Núcleo de Saúde Mental são promovidas.
Formação e polos - O município se destaca com atendimento nas unidades consideradas polos: Jofre Frossard (Centro), que contempla estudantes com deficiência visual, auditiva, intelectual e múltipla e Ancyra Gonçalves Pimentel (Miramar), que abriga alunos com deficiência auditiva, visual e física.
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