quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Festival de Dança Africana e Afro-Brasileira reúne alunos da rede municipal

2017-12-07 11:17:00 - Jornalista: Joice Trindade
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dançarinas umas ao lado das outras
Foto: João Barreto
Coreografias de alunos de faixas etárias diversas mostram identidade cultural trabalhada em sala de aula
Reforçar o programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena e a aplicação das leis 10.639/03 e 11.645/08. Com este objetivo foi realizado, nesta quarta-feira (6), o III Festival de Dança Africana e Afro-Brasileira de Macaé, no Clube Cidade do Sol. O evento faz parte do calendário da rede municipal e segue a proposta de incentivar a valorização histórica cultural da população negra brasileira, nas unidades de ensino.
Durante o evento, o público teve a oportunidade de apreciar coreografias inéditas africanas e afro-brasileiras. Alunos de todas as idades revelaram talentos.

Participaram da programação 10 escolas municipais com turmas da Educação Infantil, primeiro ao nono ano, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Cerca de dez escolas se integraram ao evento: Ciep Municipal Darcy Ribeiro, Edda Moreira Daflon, Almir Francisco Lapa, Ancyra Gonçalves Pimentel, Ivete Santana Drumond, Ciep Municipal Maringá, Olga Benário Prestes, Polivalente Anísio Teixeira, Samuel Brust e Maria Isabel Damasceno Simão.

O secretário de Educação, Guto Garcia, destacou que Macaé segue a legislação, que institui a obrigatoriedade dos estudos de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas. “Parabenizamos os estudantes e profissionais por se dedicar a um trabalho pedagógico tão importante para o processo de ensino”, ressalta.

Lei

A rede municipal conta com o programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena, que trabalha a temática das relações raciais e do indígena (Lei 11645/08).

A educação de Macaé conta com a Coordenação do Programa de Cultura Afro- brasileira e Indígena, que vai intensificar a partir de fevereiro, início do ano letivo, formações para profissionais da Educação. O foco será para a Lei de Diretrizes Curriculares Nacional, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Para trabalhar com os conteúdos, as escolas recebem acompanhamento das equipes do Programa de Cultura Afro e Indígena, que visitam as unidades nos horários de planejamento e de orientadores pedagógicos, que atuam nas unidades.

Festival agita participantes

Brilho no olhar e muita alegria marcaram o festival. Os estudantes do Colégio Municipal Professora Maria Isabel Damasceno Simão capricharam ao dançar "Afrohouse". Os alunos Yuri Pereira, Rafael Castro, Andressa Vieira, Lucas Tavares, Yasmin Tavares e Rafael Campos arrancaram assobios e aplausos.

O corpo de jurados contou com avaliação da coreógrafa e coordenadora da Escola Municipal de Dança, Cristine Ximenes, produtora cultural e pedagoga, Yasa Santos, pesquisador e historiador André Marinho e o presidente da Associação de Capoeira Raízes de Aruanda, Manoel Vieira, o mestre Dengo.

"Raízes do Povo" foi a apresentação da turma representante do Colégio Municipal Polivalente Anísio Teixeira. Os alunos, que ganharam a programação no festival de 2016, aliaram dança, capoeira e maculelê. Segundo a professora Valéria Cristina da Silva, o envolvimento da escola foi essencial para ensaiar a dança e também trabalhar conteúdos referentes à diversidade étnica.

Os ensaios para o III Festival de Dança Africana e Afro-Brasileira de Macaé também foram atividades desenvolvidas no Ciep Municipal Maringá. A unidade promoveu no decorrer deste ano oficinas, capoeira e manifestações culturais. De acordo com a professora Gabriela Wagner, o Festival e o projeto desenvolvido para Africanidade trabalham respeito e diversidade junto aos alunos do Ciep.

A superintendente de Educação Integrada, Andrea Martins, destaca que o Festival reforça na escola o trabalho sobre temas como identidade, respeito e orgulho negro. "Esta é a prova do compromisso da rede municipal com o desenvolvimento do aluno”, frisou.

A programação contagiou torcidas com estudantes, familiares e equipes gestoras.Entre os vencedores estão as escolas representantes do primeiro segmento do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano); Eda Moreira Daflon (1º lugar), Ciep Municipal Darcy Ribeiro (2º lugar) e Almir Francisco Lapa (3º lugar). Já os primeiros colocados do 6º ao 9º ano são Ciep Municipal Maringá (1º lugar), Polivalente Anísio Teixeira (2º lugar) e Professora Maria Isabel Damasceno Simão (3º lugar). O destaque da Educação Infantil foi a turma da Escola Municipal de Educação Infantil Cândida Maria Vieira da Silva, que também recebeu troféu.

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