terça-feira, 3 de abril de 2018

A solidariedade com Marielle comove o mundo

A solidariedade com Marielle comove o mundo
Crédito da foto:Reprodução internet
Por Bernardo Correa e Israel Dutra, da Secretaria de Relações Internacionais do PSOL
A tragédia que se abateu sobre o país com a covarde execução da vereadora do PSOL carioca Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes se converteu no principal acontecimento. Ontem nas ruas do país, de norte a sul, mais de 300 mil pessoas prestaram sua homenagem com luto e revolta. Marielle se converteu num símbolo. Mulher, negra favelada, ativista, foi assassinada para que sua voz e sua força fossem caladas.
O fato rapidamente percorreu o mundo. Da favela da Maré a uma verdadeira maré pelas redes e cidades do mundo, o que não faltou foi solidariedade.
No Brasil, ocorreram atos nas capitais e grandes cidades. Mais de 50 mil manifestantes ocuparam as ruas do Centro do Rio de Janeiro. Em São Paulo a luta dos professores se combinou à solidariedade e cerca de 60 mil foram à ruas contra Doria e em homenagem a Marielle. Foram dezenas de milhares em muitas cidades como Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife, Natal, Brasília, Campinas, Sorocaba, Pelotas, entre tantas.
A solidariedade internacional foi tão forte que levou o assunto a ser o mais comentado do twitter mundial, chegando a um dos recordes históricos de citações. Marielle comoveu o mundo.
Foi muito importante a solidariedade em todos níveis. A intervenção no parlamento europeu, com Miguel Urban, de Podemos e dos anticapitalistas do Estado Espanha interrompeu com emoção a sessão da última quinta-feira.
Houve atos nas capitais europeias como Paris, Londres, Lisboa, Berlim, Genebra. Na América Latina, na quinta e sexta, ocorreram atos em frente as embaixadas como em Buenos Aires, organizada pelo MST, FIT e organizações de direitos humanos; em Santiago, organizada por brasileiros, pela coordenadora do 8M, com apoio de organizações da Frente Ampla. No Peru, o Movimento Novo Peru se solidarizou e encampou uma manifestação em frente a embaixada, nos arredores de Lima. Montevidéu foi organizado por setores da esquerda sindical e popular.
Nos Estados Unidos, os protestos aconteceram em Nova York, Washington, com importantes declarações como a DSA(Democratic Socialist Party) e da Revista Jacobin. No Canadá, dezenas de brasileiros e canadenses se reuniram em Montreal para denunciar o assassinato de Marielle e Anderson.
No âmbito institucional, foi aprovado uma moção de justiça por Marielle no parlamento português- por iniciativa do Bloco de Esquerda; a câmara de Buenos Aires aprovou uma resolução oficial; uma carta da direção de Podemos para o Europarlamento sugerindo a ruptura de relações diplomáticas e comerciais com o Mercosul até que o caso seja devidamente apurado e resolvido. Também a declaração oficial do presidente boliviano, Evo Morales, com a devida rapidez,foi expressiva.
Chegaram ainda declarações de solidariedade das seguintes organizações: Coordenadora Socialista Revolucionária do México, Marea Socialista de Venezuela, Frente Ampla chilena, Sumate/MNP do Movimento Novo Peru, da Coordenadora Socialista Revolucionaria do México, Esquerra Unida i Alternativa de Catalunha,, Unidade Popular da Grécia, DSA Estados Unidos, da IV Internacional.
A solidariedade internacional com a tragédia coloca novos problemas no horizonte da luta democrática no Brasil. Além de recebermos de forma emocionada, o gesto de centenas de camaradas de luta do mundo todo, sabemos que isso representa um símbolo para a luta das mulheres e da negritude em todo planeta.
Toda forma de pressionar as autoridades e o governo brasileiro para que os crimes sejam apurados é decisiva. É a forma concreta de fazer justiça por Marielle e Anderson?
Agradecemos como Secretaria de Relações Internacionais do PSOL,  as diversas formas de manifestação nessa maré de solidariedade, luto e luta que já entrou para a história como uma das maiores já vistas.
Somos Todos Marielle!
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Venezuela

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Equipe da Secretaria de Comunicação Nacional

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