'Adeus, Alemanha', 'Nos vemos na praia': imprensa europeia ironiza eliminação
AFP / John MACDOUGALLUm dia depois da surpreendente eliminação da campeã mundial, Alemanha, na Copa do Mundo da Rússia-2018, a imprensa europeia não poupou ironias e alguns meios de comunicação chegaram a traçar um paralelo entre a Mannschaft e a situação política daquele país
Um dia depois da surpreendente eliminação da campeã mundial, Alemanha, na Copa do Mundo da Rússia-2018, a imprensa europeia não poupou ironias e alguns meios de comunicação chegaram a traçar um paralelo entre a Mannschaft e a situação política daquele país.
A Coreia do Sul venceu a Alemanha por 2-0 na quarta-feira em Kazan e decretou a eliminação da equipe do técnico Joachim Low ainda na fase de grupos.
"Nos vemos na praia", afirma na primeira página o jornal italiano Corriere de la Serra, em uma referência à ausência da "Squadra Azzurra" do Mundial.
"Saíram do Mundial na primeira fase e, como nós, já estão de férias", completou o jornal.
O espanhol Mundo Deportivo também recorre à ironia: "Kaputt histórico", com uma foto de Thomas Müller e Manuel Neuer completamente perdidos.
Com seu tom inimitável, o britânico The Sun destacou a classificação do Grupo F, com a Alemanha no último lugar e uma recomendação: "Para cortar e guardar para quando você estiver se sentindo mal".
Em geral, os tabloides britânicos fizeram a festa com a queda de um de seus grandes rivais esportivos.
"Schadenfreude: Alegria com a desgraça dos outros", afirma na primeira página o The Sun, com uma foto do rosto abatido dos derrotados.
O tabloide ressalta a eliminação dos "velhos inimigos da Inglaterra".
A imprensa britânica recorda que o fracasso germânico aconteceu exatamente oito anos depois da derrota da Inglaterra por 4-1 para a Alemanha nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, em uma partida marcada por um erro de arbitragem contra os ingleses.
"Não é um sentimento nobre, mas Deus, como me sinto bem", escreveu o jornalista Richard Littlejohn no Daily Mail.
Além dos aspecto puramente esportivo, alguns jornais tentaram traçar paralelos com os problemas políticos que afetam o país.
"Descobrimos hoje uma Alemanha no mesmo nível que nós. Você tem que se acostumar com a mudança de tradições e costumes. O modelo alemão acorda inesperadamente com dor de cabeça: pretensão, estômago vazio, tensões internas, problemas políticos", afirma o Corriere de la Serra da Itália.
Em Londres, o jornal The Times destaca: "Arrogante, miserável, dividida: a Alemanha saiu do Mundial". A publicação afirma que a eliminação "reflete uma preparação desastrosa, uma presunção arrogante de êxitos e um espírito de equipe atroz em sua concentração" na Rússia.
O jornal recorda que pela primeira vez desde 1966, ano do único título mundial da Inglaterra, o English Team terminará uma Copa à frente da Alemanha.
Na Itália, o jornal La Repubblica vai ainda mais longe nas referências históricas: "A Alemanha jamais foi eliminada na primeira fase, desde 1938, quando havia 16 seleções e se começava nas oitavas de final. Estamos então no ponto mais baixo, ou talvez mais dramático de 80 anos de história, a história de um esporte em que jogam 11 contra 11 e os alemães sempre vencem no final".
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