Furacão Florence perde força, mas ameaça provocar inundações graves
NASA/AFP / HOUma câmera de alta definição da Estação Espacial Internacional (ISS) mostra, em 12 de setembro de 2018, o olho do furacão Florence, enquanto avança pelo oceano Atlântico rumo à costa leste dos Estados Unidos
O furacão Florence se enfraqueceu nesta quinta-feira (13), a poucas horas de tocar a costa leste dos Estados Unidos, mas continua sendo extremamente perigoso e "potencialmente fatal", devido às tempestades e ao risco de inundações catastróficas.
A imensa tormenta caiu para categoria 2 (do total de 5 na escala de Saffir-Simpson) à noite, mas as autoridades advertiram para os riscos dos potentes ventos de 175 km/h e de chuvas torrenciais.
Conforme a tempestade se aproxima, o presidente americano, Donald Trump, e as autoridades estaduais e municipais reforçaram os pedidos aos moradores de localidades na trajetória do furacão para que deixem suas casas.
"Estamos completamente preparados para o furacão Florence, à medida que a tormenta se torna maior e mais potente. Sejam cautelosos!", tuitou Trump.
Os apelos por cuidado também chegaram do espaço e, da Estação Espacial Internacional, o astronauta alemão Alexander Gerst tuitou fotos da gigantesca tormenta: "Cuidado, Estados Unidos!".
O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) reiterou que Florence continua criando "uma situação potencialmente fatal", por conta dos riscos de que o fenômeno recupere força perto das zonas costeiras.
As ordens de evacuação atingem 1,7 milhão de pessoas. Muitas prepararam suas casas e estabelecimentos comerciais para a chegada da tormenta e, desde ontem, começaram a sair em busca de abrigo dos fortes ventos.
"A maré causada pela tempestade é mortal. Quem quer que esteja na zona de evacuação nas Carolinas e na Virgínia tem que sair AGORA se já não tiver feito isso", advertiu a Agência Federal para Administração de Emergências (Fema, na sigla em inglês).
Estima-se que, quando a tormenta tocar o solo nas Carolinas do Norte e do Sul nesta quinta-feira à noite, ou na sexta-feira, as chuvas somarão quase um metro.
AFP / Alex EdelmanSacos de areia são colocados como proteção na porta de uma loja de Myrtle Beach (Carolina do Sul), em 12 de setembro de 2018
"Esta chuva pode produzir inundações catastróficas e significativo aumento no volume dos rios", frisou o NHC.
"É imperativo que todos sigam as ordens locais de evacuação", declarou Trump, que mais cedo publicou no Twitter um vídeo pedindo que as pessoas "não brinquem" com o furacão.
"Proteger a vida é a prioridade absoluta", acrescentou o presidente, falando da Casa Branca.
- Até três milhões sem energia
"Amanhã pode ser muito tarde. Não esperem até o último minuto", convocou Brenda Bethune, prefeita de Myrtle Beach, o célebre balneário da Carolina do Sul.
Florence vai ser "como um direto do Mike Tyson na costa das Carolinas", disse o funcionário da Fema Jeff Byard, que também mencionou os cortes de energia, o bloqueio de estradas, os danos de infraestrutura e os riscos para a vida da população.
Duke Energy, uma empresa elétrica presente nas duas Carolinas, estimou que entre um e três milhões de clientes ficarão sem energia elétrica pela tempestade. O serviço poderá levar até uma semana para ser restaurado.
Às 8h locais (9h em Brasília), o olho do furacão estava 275 quilômetros a leste-sudeste de Wilmington, na Carolina do Norte, avançando para o oeste a 19km/h.
O governador da Geórgia, estado que declarou emergência ontem, disse que mobilizará "todos os recursos disponíveis" para enfrentar os ventos e as chuvas. Trump lhe garantiu que contará com a ajuda do governo federal e da Fema, anunciou a Casa Branca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário