quinta-feira, 22 de novembro de 2018

ENDIMENTO

Alunos das ilhas de Belém passam por Avaliação Educacional Especializada

  
21/11/2018 16:03
Rotineiramente as crianças e adolescentes com deficiência que são atendidos pela rede municipal de educação passam por uma Avaliação Educacional Especializada para traçar suas necessidades educacionais, de saúde e assistência social. A avaliação busca fornecer um plano pedagógico com o detalhamento dos pontos que precisam ser trabalhados na sala de aula. Na manhã desta quarta-feira, 21, as crianças que estudam nas ilhas de Belém foram até o Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie) para receberem esse atendimento e demais recomendações.
A equipe multiprofissional do Núcleo de Atendimento Educacional Especializado (NAEE) do Crie conta com fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social e professor especializado para avaliar as capacidades pedagógicas do aluno. Os responsáveis também recebem atendimento socioeducacional através do projeto Ciranda da Família, com direcionamento psicossocial. As avaliações das crianças das ilhas foram realizadas nesta terça e quarta-feira, 20 e 21, com oferta de transporte e alimentação para os alunos e sua família.
Margareth Carvalho, coordenadora do NAEE, explica que a escola verifica a necessidade de atenção da criança e a insere no atendimento da Sala de Recursos Multifuncionais, onde o professor especializado faz a avaliação e, se necessário, encaminha para o núcleo. “Depois de fazer a avaliação, a gente gera um relatório com o parecer de todos os profissionais envolvidos, um indicativo de deficiência e indicações para a escola de como pode ser trabalhado com essa criança. Quando a gente percebe que precisa, a gente encaminha para a área de saúde para um diagnóstico”, disse.
Ana Paula Araújo é mãe de Marcelo Thiago Siqueira, de nove anos, e acompanhou o filho na avaliação e recebeu atendimento social. O garoto que estuda no 3º ano tem dificuldade de aprendizado e retenção de informações. “A gente tenta ensinar para ele, mas como ele não consegue absorver, ele começa a chorar. A gente fica triste por isso. Fui chamada na escola para essa avaliação e começamos a acompanhar junto à escola. É muito difícil a situação dele”, conta Ana Paula, que recebe o primeiro atendimento do Crie. “Estou achando excelente Eu pensava que seria outra coisa e quando cheguei aqui gostei da acolhida, estou fazendo a oficina, e achei bem interessante”, avalia a pescadora.
Aluno do 3º ano da Escola Municipal Milton Monte, Roger Costa foi passar pela Avaliação Educacional Especializada. A mãe do menino de oito anos, Franciane Costa, aprovou o atendimento no Crie. “Achei muito bom, aprendi várias coisas que eu não tinha conhecimento. Foi uma coisa bem produtiva para mim. Me deixaram super à vontade e foram bastante atenciosos”, disse a extrativista. Na escola, os professores atentaram para a distração e desinteresse de Roger. “Aqui eles fizeram todos os procedimentos e acharam que está tudo normal com ele, respondeu bem a todas as atividades. Agora a gente vai ver a forma de como lidar com ele no colégio e ver onde está o problema”, disse a mãe do garoto.
Com o resultado da avaliação, o Crie articula com os professores da sala regular o atendimento desses alunos, fornecendo cursos de formação para que os métodos pedagógicos e a comunicação com os alunos, como o caso das crianças surdas, seja melhorado. Mesmo que não exista o diagnóstico fechado, caso os professores percebam alguma necessidade especial no aluno, eles devem proceder ao atendimento especializado dessa criança.
Ciranda da Família - O projeto do Crie realiza um trabalho socioeducacional informativo, envolvendo arte, cultura, dinâmicas e oficinas, que realiza suas atividades dentro das escolas juntamente aos pais e responsáveis pelas crianças com deficiência atendidas no NAEE. Nos eventos, as trocas de experiências são incentivadas, também o desabafo das famílias sobre as dificuldades com a educação das crianças, aliviando a carga sobre as famílias e oferecendo apoio psicossocial e encaminhamento de saúde, se necessário.
Os profissionais que trabalham na Ciranda da Família são assistente social, psicólogo, professor e pedagogo. A rede socioassistencial de serviços leva informação e oferece cursos para um melhor tratamento dessas crianças, como curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
Por Vanessa Pinheiro

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