FESTEJOS
Programação natalina faz a alegria dos visitantes do Bosque Rodrigues Alves
16/12/2018 19:55
O pequeno Heitor Nascimento, de dois anos, foi o primeiro a ser recebido pelo Papai Noel na programação natalina realizada neste final de semana no Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia. Com seu presente em mãos o menino correu para mostrar à mãe, Soraia Nascimento, que registrava a alegria do filho em um de seus lugares favoritos. “Ele sempre está aqui, gosta de ver os bichos. Todo final de semana ele quer estar aqui no Bosque”.
No sábado,15, as atrações foram um coral de idosos, uma encenação natalina com crianças assistidas pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e uma apresentação da comunidade As Pastorinhas, do bairro de Canudos. Além da tradicional figura natalina, a programação do Bosque no domingo, 16, ofereceu oficinas de confecção de adereços de Natal e um espaço de pintura e desenho para as crianças. Nayana Lima levou o filho, Samuel Lima, de dois anos, e toda a família para um passeio no espaço. “É uma coisa diferente, um passeio muito bom para as crianças e barato. Eu sempre tinha passeio aqui, só diversão com a família, com os filhos”. Na sua primeira visita ao Bosque, Samuel conheceu os animais e as plantas que vivem no ambiente e aproveitou para colorir seus desenhos com temas natalinos.
O final de semana festivo no Bosque Rodrigues Alves foi uma oportunidade que Nandria de Castro e Cléber Gaia viram para trazer a filha, Andria Maysa de Castro, de um ano. “É bom trazer a criança para passear e brincar, se distrair. Ela está gostando bastante”, disse Cléber. Ao contrário do companheiro, Nandria conta que, como a filha, era a primeira vez que visitava o Bosque. “É a primeira vez que venho. É ótimo. O peixe-boi e a tartaruga foram os que achei mais interessantes”, afirmou.
De Santa Maria do Pará, a dona de casa Rita de Cássia de Souza veio com a família visitar Belém e conhecer o Jardim Zoobotânico da Amazônia. “O Bosque é muito bonito, eu gostei da paisagem. Veio toda a família e alguns amigos. As crianças também gostaram e tiraram foto com os animais”, disse.
A programação também fez os colaboradores de uma franquia de escola de informática de Belém se reunirem no espaço verde dentro da cidade. “A gente decidiu se reunir e cada um trouxe o filho, para ter um dia diferente”, contou a gerente de uma das unidades, Eloane Nascimento. “Hoje não tem a ver com o trabalho. Eu amo estar no Bosque e piquenique é bom no Bosque, do lado da natureza. A gente fica muito à vontade”, completou a diretora da franquia, Adriana Souza.
História - Com 135 anos de existência, o Bosque Rodrigues Alves é um dos locais de Belém mais procurados pelas famílias, que aproveitam a tranquilidade dos cerca de 15 hectares de flora abundante e fauna bem cuidada. Para dar conta de toda essa demanda, as equipes vinculadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) trabalham para garantir que essa história seja escrita por vários outros anos.
O Bosque Rodrigues Alves abriga o peixe-boi mais antigo do Brasil em cativeiro. Cajuru vive no Bosque há mais de 60 anos. “Infelizmente hoje ele é o único. Mas ele está lá lindo e maravilhoso”, declara a diretora do departamento de gestão de áreas especiais do Bosque, Lindomar Silva.
São oito funcionários responsáveis pelo trato da fauna, sendo quatro tratadores de animais, dois biólogos e dois veterinários. No Recanto das Jaguatiricas, espaço inaugurado em 2018, três animais convivem dentro do Bosque Rodrigues Alves. Um deles é um filhote, resultado de um cruzamento realizado em cativeiro, acontecimento raro para esses tipos de animais.
O tratamento dos animais é reconhecido também pelos profissionais veterinários que não trabalham para a Prefeitura de Belém. “Nesses últimos dias, a Lina [jaguatirica mãe] teve um problema que preocupou os veterinários aqui do Bosque. Eles entraram em contato com um hospital veterinário próximo e eles fizeram todos os exames sem custo e ela está bem tratada e anilhada para identificação”, conta Lindomar.
Adequar o espaço de vivência da arara azul às novas normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi uma das medidas tomadas para garantir o conforto do único exemplar disponível no Bosque. Com a proximidade do público visitante, os veterinários perceberam que Duda, a arara-azul macho, ficou mais feliz. “Ele brinca, ele pula e ele não tem tido registro, como tinha anteriormente, de ser retirado para quarentena para ser tratado”, comemora a diretora do departamento de gestão de áreas especiais do Bosque.
Diariamente 16 colaboradores realizam a manutenção dos espaços do jardim zoobotânico, resultado de um convênio com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). Os serviços de poda e remoção de vegetais são feitos mensalmente pela equipe do Departamento de Áreas Verdes Públicas (DAVP), ligada à Semma, e por funcionários do Bosque. Para o primeiro semestre de 2019 o objetivo é realizar uma manutenção maior, com a limpeza dos lagos e restauração de prédios da flora e fauna. Nas áreas restritas, onde a visitação não é permitida, os animais são tratados e os exemplares da flora são regenerados. Para o bem-estar dos espécimes, apenas os funcionários do Bosque podem acessar esses espaços.
Serviço:
O Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. O ingresso custa R$ 2,00, com gratuidades para crianças menores de 6 anos, pessoas com deficiência e idosos maiores de 60 anos.
O Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. O ingresso custa R$ 2,00, com gratuidades para crianças menores de 6 anos, pessoas com deficiência e idosos maiores de 60 anos.
Por Vanessa Pinheiro
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