sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Inácio Francisco Silveira da Mota

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Disambig grey.svg Nota: Se procura o político, jornalista e escritor português Ignácio Francisco Silveira da Mota, veja Inácio Francisco Silveira da Mota (1836-1907).
Ignacio Francisco Silveira da Mota
Dados pessoais
Nascimento26 de julho de 1815
Goiás
Morte18 de abril de 1885 (69 anos)
Quissamã
Ignacio Francisco Silveira da Motabarão com grandeza de Vila Franca (Goiás26 de julho de 1815 — Quissamã18 de abril de 1885) foi um juristapolíticoempresáriofazendeiro e senhor de engenho brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do conselheiro Joaquim Ignacio Silveira da Mota e de sua esposa D. Ana Luísa da Gama.[1] Era irmão do conselheiro José Inácio Silveira da Mota, autor de uma importante lei que regulamentou a venda de escravos no Brasil. Era tio do Barão de Jaceguai e do poeta Álvares de Azevedo. Seu pai foi um dos homens mais poderosos do período colonial, mas ficou conhecido por ser o raptor e amante da célebre Dona Beja.
Casou-se em 1852 com D. Francisca de Velasco Castro Carneiro da Silva, filha de José Carneiro da Silva, visconde de Araruama, e de D. Francisca Antônia Ribeiro de Castro, sendo neta materna do primeiro barão de Santa Rita, irmã do conde de Araruama, do visconde de Ururaí, do visconde de Quissamã e do barão de Monte de Cedro. A baronesa nasceu em Quissamã (Macaé-RJ) a 16 de maio de 1832 e ali faleceu em 14 de Junho de 1885;[1] tendo seus dotes intelectuais reconhecidos até pelo imperador Dom Pedro II. O casal não deixou descendência, era proprietário das fazendas Santa Francisca e Mato de Pipa, em Quissamã, sendo seus herdeiros sobrinhos, afilhados e instituições pias.
Formou-se, em 1838, Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de São Paulo.[1]
Serviu na magistratura de 1841 a 1852.[1] Foi Juiz de Direito em Macaé (RJ).
Foi presidente das províncias do Piauí, de 24 de dezembro de 1849 a 7 de setembro de 1850, do Ceará, de 1850 a 1851, e do Rio de Janeiro, de 25 de abril de 1859 a 15 de abril de 1861. Neste último cargo, sucedeu ao seu cunhado o Conselheiro João de Almeida Pereira Filho.
Foi um dos fundadores do Engenho Central de Quissamã, embora tenha sido um dos últimos sócios a aceitar participar da empreitada. Poucos anos antes, em 1868, tinha construído um engenho novo, em sua fazenda de Santa Francisca, em Quissamã, com maquinário e até tijolos importados da França. A fazenda Santa Francisca ainda existe, apesar de seu antigo engenho de tijolos franceses ter sido demolido.[2] O Solar de Santa Francisca é considerado um dos mais bem preservados de Quissamã, mantendo mobiliário original, uma magnífica tela, ricamente emoldurada, retratando o Barão de Vila Franca em tamanho natural; muitos itens do grandioso serviço de jantar francês, da manufatura de Ed. Honoré, com motivos botânicos policromados, barrados em arabescos dourados, filetados em vinho.
Foi agraciado com o título de barão de Vila Franca, em 28 de janeiro de 1875. Recebeu honras de grandeza, em 22 de setembro de 1877, quando houve a inauguração do Engenho Central de Quissamã.[2]
Foi comendador da Imperial Ordem de Cristo.[1]

Referências

  • ALMEIDA, Eliana Cunha Cavour P.; CARNEIRO DA SILVA, Gisela Cunha. A Casa de Mato de Pipa. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Artes Gráficas, s. data, p. 34.
  • GAVINHO, Vilcson. Baronesa de Villa Franca - Francisca de Vellasco Castro Carneiro Silveira da Mota. In: FROSSARD, Larissa; GAVINHO, Vilcson (Orgs.). Macaé, Nossas Mulheres, Nossas Histórias. Macaé, RJ: Macaé Offshore, 2006, verbete 29.
  • LAMEGO, Alberto. Macaé à luz de documentos inéditos. In. Anuário Geográfico do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Conselho Nacional de Geografia, Diretório Regional do Estado do Rio de Janeiro, 1958, N.0 11, pp. 112, 142.
  • MARCHIORI [et al], Maria Emília Prado. Quissamã. Rio de Janeiro: SPHAN, Fundação Nacional Pró-Memória, 6.a Diretoria Regional, 1987, pp. 37, 51, 58, 66.

Ligações externas

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