Hospital Municipal realiza primeira captação de órgãos para transplante
Quissamã deu mais um passo importante na área da saúde. A secretaria municipal de Saúde, por meio do Hospital Municipal Mariana Maria de Jesus, e o Programa Estadual de Transplantes (PET) realizaram, nesta sexta-feira (10), a primeira captação de órgãos no município, procedimento pioneiro também em cidades de pequeno porte do interior fluminense. O doador foi um homem, de 57 anos, vítima de traumatismo craniano.
“O hospital de Quissamã, mesmo sendo uma unidade de um município de pequeno porte, tem uma estrutura muito boa, com 82 leitos, UTI credenciada pelo Ministério da Saúde, centro cirúrgico, capacidade de realizar exames variados, o que possibilitou que a Comissão de Transplantes viesse aqui fazer a coleta dos órgãos, pois seguimos todos os protocolos exigidos. É um trabalho de muitas mãos, que demonstra a competência técnica da equipe do hospital, em especial da UTI, que está capitaneando todo esse processo. Quero exaltar também a família do doador, que mesmo no momento de dor teve esse gesto solidário, que salvará muitas vidas”, destacou a secretária municipal de Saúde, Simone Flores.
Coordenador geral da UTI do Hospital Municipal Maria Maria de Jesus, Augusto Braz Louvain também destacou a captação de órgãos pioneira. “Isso foi possível graças à estrutura da nossa unidade e a capacitação da equipe, que tenta melhorar a cada dia. É mais um avanço importante alcançado pela saúde de Quissamã”, ressaltou.
Duas médicas ligadas ao PET foram as responsáveis pela captação dos órgãos, e utilizaram o centro cirúrgico do hospital. À tarde, o transporte foi feito de helicóptero até o Rio de Janeiro, onde pacientes já estavam sendo preparados para os transplantes.
Desde sua criação, em 2010, o Programa Estadual de Transplantes (PET) já realizou mais de 15 mil procedimentos, fazendo com que o Rio saísse dos últimos lugares do ranking nacional para ocupar as primeiras colocações. Hoje, o PET realiza captação e transplante de coração, fígado, rim, medula óssea, osso, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). No primeiro semestre de 2019, os números chegaram a 378 transplantes de órgãos sólidos.
Desde 2016, a ação foi agilizada, com o transporte dos órgãos sendo feito também por helicóptero, graças a uma parceria com o Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Por terra, o serviço conta com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
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