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Uerj integra Portal Covid-19 para monitorar avanço da pandemia
21 de junho de 2020
Com o intuito de buscar soluções para monitorar o avanço da pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro e no Brasil, pesquisadores de sete instituições de ensino superior decidiram criar o portal Covid-19: Observatório Fluminense, (https://www.covid19rj.org). A iniciativa, que conta com a participação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), reúne professores e estudantes das áreas de Matemática, Engenharia e Computação para produzir previsões confiáveis a curto prazo.
O grupo vem divulgando relatórios semanais com base em intercâmbio de informações, como análises gráficas, fontes de dados, notícias, artigos científicos e ferramentas matemáticas. No documento publicado essa semana, os cientistas fazem importante alerta. Neste momento em que os governos estaduais e municipais reduzem gradualmente o distanciamento social, indicadores demonstram que os números de casos e de óbitos em decorrência da doença ainda permanecem em ascensão em várias regiões.
De acordo com o estudo, o estado fluminense é o segundo da federação tanto em número de casos quanto de mortes acumuladas. Do mesmo modo, também registra a pior letalidade, apesar do grande índice de subnotificações. Conforme o relatório, se o Rio fosse considerado como um país, estaria hoje na sétima posição no ranking internacional, na razão de mortos por milhão de habitantes.
Na análise da evolução da pandemia em 14 países do mundo, o Brasil está em segundo lugar entre os mais infectados e com mais óbitos, devendo atingir a marca oficial de 1 milhão de casos e 50 mil mortos na próxima semana, segundo os pesquisadores. O número de novos casos por semana continua crescente, e também há destaque negativo quanto à mortalidade, sem redução significativa. Só a covid-19 tem ceifado pouco mais de 1.000 vidas por dia há quase um mês. Este valor equivale a um terço da média diária de mortes em 2019, no mesmo período.
Para o professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Uerj, Americo Cunha, os governos devem levar em conta os modelos matemáticos para tomar suas decisões.
-Todos os modelos fazem previsões com base em critérios racionais de inferência, pois quantificam grandezas relevantes via equações. É muito diferente estimar tais grandezas com base no ‘achismo’, que pode ser tendencioso, por falta de informação da situação, ou até mesmo por interesses particulares que conflitam com o que seria mais adequado ao todo - afirma Cunha, que também é um dos coordenadores do projeto.
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