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Governo promove ações de apoio à cultura durante a pandemia
26 de junho de 2020
Por Julia de Brito
O enfrentamento ao novo coronavírus exigiu do poder público capacidade de inovação. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa tem realizado diversas ações de apoio à produção artística fluminense, além de promover projetos solidários e de entretenimento para o público em geral por meio da internet.
Durante a pandemia, a pasta estadual conseguiu operacionalizar, por exemplo, o Fundo Estadual de Cultura, que estava parado há 22 anos. Com parte do valor deste fundo, a secretaria realizou o “Cultura Presente nas Redes”, que recebeu 6.149 inscrições. Quase 2 mil ações culturais em todo estado com pagamento de premiação de R$ 2,5 mil, totalizando R$ 3,750 milhões de investimento direto para o pequeno produtor cultural em todo território fluminense foram encaminhadas. As produções nas plataformas digitais têm previsão de começar no mês que vem.
- Com o Fundo Estadual de Cultura, conseguimos fomentar a cultura em todas as regiões do estado em uma época de pandemia. Muitos profissionais estão necessitando deste aporte, que será importante também para exibição dos seus trabalhos nas plataformas digitais. Já estamos viabilizando um novo edital para fazer compra antecipada de ingressos, garantindo a manutenção de teatros, cinemas e equipamentos culturais diversos. Além disso, também criamos um gabinete humanitário para auxiliar os fazedores de cultura, que estão impossibilitados de exercer os seus trabalhos neste momento. Já atendemos mais de 6 mil famílias ligadas ao setor cultural. Com muito diálogo, buscamos sempre alternativas para minimizar os problemas que afetam todos os profissionais da área - destacou a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa também autorizou 48 projetos aprovados em edital de 2019 da Lei de Incentivo à Cultura. A liberação do valor total de R$ 16,5 milhões foi possível após a análise da comissão de editais, com redução de 30% dos valores inicialmente propostos. Com investimento médio de R$ 344 mil por projeto, foram contempladas iniciativas da capital e do interior. Do total de recursos aportados 54,1% dos projetos serão desenvolvidos na cidade carioca, mas 31,3% no interior. Enquanto o isolamento social permanecer, os proponentes vão iniciar os períodos de pré-produção e produção dos espetáculos.
A secretaria também apoiou o lançamento de um estudo sobre “o impacto da Covid-19 na economia criativa do Rio de Janeiro“. A pesquisa online foi realizada numa parceria com o cRio – think tank da ESPM Rio – e o Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC BA).
Ações solidárias
Com o apoio de voluntários, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa criou o projeto “História por telefone” no qual poetas e contadores de histórias entram em contato, via telefone, e levam histórias a pessoas, que por conta do isolamento social, estão solitárias.
Para receber a ligação, o interessado precisa se inscrever informando alguns dados pessoais. O mesmo vale para quem quer ser voluntário. O projeto, que conta com 1653 voluntários, tem 5607 ouvintes inscritos.
A pasta também tem apoiado diversos coletivos culturais. São mais de 30 grupos que incluem profissionais circenses de várias cidades fluminenses que receberam kits com EPIs, além de livros e DVDs. Grupos como a Ordem dos Músicos do Rio de Janeiro e o Retiro dos Artistas também foram contemplados.
As iniciativas não pararam por aí. Uma parceria com o governo japonês, através do Consulado Geral do Japão no Brasil, permitiu a aquisição de máscaras, livros e DVDs. Todos os produtos doados foram higienizados seguindo as normas de saúde e entregues a fazedores de cultura do estado.
A corrente solidária também permitiu o lançamento da “Rota da Leitura”, um projeto de arrecadação de livros para doação. Um carro foi disponibilizado gratuitamente para buscar os exemplares nas casas dos doadores que fazem um agendamento prévio. O material será utilizado para montagem de salas de leitura e libertações de livros em locais com baixos índices de leitura e pouca oferta de equipamentos culturais. Os doadores vão ganhar um Diploma de Amigo da Leitura.
Até esta semana, o projeto já havia arrecadado cerca de 2 mil livros em bairros da Zona Sul e Oeste. Na próxima semana, o destino será a Zona Norte. São 377 doadores cadastrados no total.
Ao lado da Arquidiocese do Rio de Janeiro, do Santuário Cristo Redentor, da Estácio e dos projetos sociais Ação de Amor do Cristo Redentor, RioSolidario, Instituto Reação, Gerando Falcões e União Rio, a Secretaria de Cultura organizou ainda o movimento #FormouEsperança, que homenageou profissionais de saúde e trabalhadores de serviços essenciais. O Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos do mundo, vestiu jaleco branco e estetoscópio. Na noite do domingo de Páscoa, a projeção na estátua símbolo do Rio também emitiu mensagens positivas em diversas línguas, aproximando o mundo em um momento de isolamento durante a pandemia da Covid-19.
Lives e visita guiada
Em lives no Instagram, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa também promoveu o festival Rio 40 graus. Em diversos encontros digitais foi possível discutir os caminhos do audiovisual no país, reforçando a parte teórica e mostrando a importância da troca de experiências na área profissional.
O Theatro Municipal também intensificou suas ações nas redes sociais com foco na educação e entretenimento. A Campanha #CulturaEmCasa reuniu o elenco fixo do Theatro como músicos, bailarinos e cantores, além de solistas convidados, para fazerem um ensaio em casa e dividir com a população momentos especiais. No total, 50 apresentações foram exibidas virtualmente. Outra ação foi o lançamento da Campanha Theatro Municipal Palco Livre. Duas vezes por semana o Theatro apresenta um bate-papo interessante, incluindo perguntas enviadas pelos seguidores, com duração de 40 minutos a uma hora, em sua plataforma virtual e sempre com um convidado especial, em forma de "live". Esta campanha teve sua estreia em 29 de abril, no Dia Internacional da Dança.
As visitas guiadas do Municipal, que levam 600 visitantes semanais ao prédio histórico, se transformaram em um Tour Virtual. A iniciativa fez sucesso nas redes.
A mais recente ação do Municipal foi a campanha #AulaEmCasa. Toda a segunda-feira, um membro do Theatro apresenta uma aula on-line gratuita e aberta ao público. A estreia ocorreu no dia 15 de junho.
Salas de cinema no interior
Com a flexibilização gradual das medidas de isolamento social, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa voltou a encaminhar as obras e reformas de espaços para a exibição de produções audiovisuais que estavam paradas por conta da pandemia. Chamado de “O Cinema da Cidade”, o projeto, realizado em parceria com a Ancine, vai construir ou reformar cinco salas de cinema em municípios do interior onde não há esse tipo de serviço: Cordeiro, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Miracema e Bom Jardim. No total, serão investidos mais de R$ 18,750 milhões (80% de contrato de repasse da União e 20% de contrapartida do Estado).
As obras em Cordeiro foram retomadas no dia 18 deste mês. A previsão para o término do serviço é no primeiro semestre de 2021. As demais cidades estão no processo de licitação. O objetivo do Cinema da Cidade – uma das linhas de ação do Programa Cinema Perto de Você – é a implantação de complexos de exibição de filmes em municípios de pequeno e médio porte (entre 20 mil e 100 mil habitantes) que não contam com salas de cinema comerciais. Cada complexo exibidor terá duas salas com capacidade total para 168 lugares – em Bom Jardim, já existe uma sala com capacidade para 300 pessoas. O recurso da parceria já estava disponível há alguns anos, e o projeto foi reativado pela atual gestão da secretaria, antes do início da pandemia do novo coronavírus.
Por Julia de Brito
O enfrentamento ao novo coronavírus exigiu do poder público capacidade de inovação. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa tem realizado diversas ações de apoio à produção artística fluminense, além de promover projetos solidários e de entretenimento para o público em geral por meio da internet.
Durante a pandemia, a pasta estadual conseguiu operacionalizar, por exemplo, o Fundo Estadual de Cultura, que estava parado há 22 anos. Com parte do valor deste fundo, a secretaria realizou o “Cultura Presente nas Redes”, que recebeu 6.149 inscrições. Quase 2 mil ações culturais em todo estado com pagamento de premiação de R$ 2,5 mil, totalizando R$ 3,750 milhões de investimento direto para o pequeno produtor cultural em todo território fluminense foram encaminhadas. As produções nas plataformas digitais têm previsão de começar no mês que vem.
- Com o Fundo Estadual de Cultura, conseguimos fomentar a cultura em todas as regiões do estado em uma época de pandemia. Muitos profissionais estão necessitando deste aporte, que será importante também para exibição dos seus trabalhos nas plataformas digitais. Já estamos viabilizando um novo edital para fazer compra antecipada de ingressos, garantindo a manutenção de teatros, cinemas e equipamentos culturais diversos. Além disso, também criamos um gabinete humanitário para auxiliar os fazedores de cultura, que estão impossibilitados de exercer os seus trabalhos neste momento. Já atendemos mais de 6 mil famílias ligadas ao setor cultural. Com muito diálogo, buscamos sempre alternativas para minimizar os problemas que afetam todos os profissionais da área - destacou a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa também autorizou 48 projetos aprovados em edital de 2019 da Lei de Incentivo à Cultura. A liberação do valor total de R$ 16,5 milhões foi possível após a análise da comissão de editais, com redução de 30% dos valores inicialmente propostos. Com investimento médio de R$ 344 mil por projeto, foram contempladas iniciativas da capital e do interior. Do total de recursos aportados 54,1% dos projetos serão desenvolvidos na cidade carioca, mas 31,3% no interior. Enquanto o isolamento social permanecer, os proponentes vão iniciar os períodos de pré-produção e produção dos espetáculos.
A secretaria também apoiou o lançamento de um estudo sobre “o impacto da Covid-19 na economia criativa do Rio de Janeiro“. A pesquisa online foi realizada numa parceria com o cRio – think tank da ESPM Rio – e o Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC BA).
Ações solidárias
Com o apoio de voluntários, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa criou o projeto “História por telefone” no qual poetas e contadores de histórias entram em contato, via telefone, e levam histórias a pessoas, que por conta do isolamento social, estão solitárias.
Para receber a ligação, o interessado precisa se inscrever informando alguns dados pessoais. O mesmo vale para quem quer ser voluntário. O projeto, que conta com 1653 voluntários, tem 5607 ouvintes inscritos.
A pasta também tem apoiado diversos coletivos culturais. São mais de 30 grupos que incluem profissionais circenses de várias cidades fluminenses que receberam kits com EPIs, além de livros e DVDs. Grupos como a Ordem dos Músicos do Rio de Janeiro e o Retiro dos Artistas também foram contemplados.
As iniciativas não pararam por aí. Uma parceria com o governo japonês, através do Consulado Geral do Japão no Brasil, permitiu a aquisição de máscaras, livros e DVDs. Todos os produtos doados foram higienizados seguindo as normas de saúde e entregues a fazedores de cultura do estado.
A corrente solidária também permitiu o lançamento da “Rota da Leitura”, um projeto de arrecadação de livros para doação. Um carro foi disponibilizado gratuitamente para buscar os exemplares nas casas dos doadores que fazem um agendamento prévio. O material será utilizado para montagem de salas de leitura e libertações de livros em locais com baixos índices de leitura e pouca oferta de equipamentos culturais. Os doadores vão ganhar um Diploma de Amigo da Leitura.
Até esta semana, o projeto já havia arrecadado cerca de 2 mil livros em bairros da Zona Sul e Oeste. Na próxima semana, o destino será a Zona Norte. São 377 doadores cadastrados no total.
Ao lado da Arquidiocese do Rio de Janeiro, do Santuário Cristo Redentor, da Estácio e dos projetos sociais Ação de Amor do Cristo Redentor, RioSolidario, Instituto Reação, Gerando Falcões e União Rio, a Secretaria de Cultura organizou ainda o movimento #FormouEsperança, que homenageou profissionais de saúde e trabalhadores de serviços essenciais. O Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos do mundo, vestiu jaleco branco e estetoscópio. Na noite do domingo de Páscoa, a projeção na estátua símbolo do Rio também emitiu mensagens positivas em diversas línguas, aproximando o mundo em um momento de isolamento durante a pandemia da Covid-19.
Lives e visita guiada
Em lives no Instagram, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa também promoveu o festival Rio 40 graus. Em diversos encontros digitais foi possível discutir os caminhos do audiovisual no país, reforçando a parte teórica e mostrando a importância da troca de experiências na área profissional.
O Theatro Municipal também intensificou suas ações nas redes sociais com foco na educação e entretenimento. A Campanha #CulturaEmCasa reuniu o elenco fixo do Theatro como músicos, bailarinos e cantores, além de solistas convidados, para fazerem um ensaio em casa e dividir com a população momentos especiais. No total, 50 apresentações foram exibidas virtualmente. Outra ação foi o lançamento da Campanha Theatro Municipal Palco Livre. Duas vezes por semana o Theatro apresenta um bate-papo interessante, incluindo perguntas enviadas pelos seguidores, com duração de 40 minutos a uma hora, em sua plataforma virtual e sempre com um convidado especial, em forma de "live". Esta campanha teve sua estreia em 29 de abril, no Dia Internacional da Dança.
As visitas guiadas do Municipal, que levam 600 visitantes semanais ao prédio histórico, se transformaram em um Tour Virtual. A iniciativa fez sucesso nas redes.
A mais recente ação do Municipal foi a campanha #AulaEmCasa. Toda a segunda-feira, um membro do Theatro apresenta uma aula on-line gratuita e aberta ao público. A estreia ocorreu no dia 15 de junho.
Salas de cinema no interior
Com a flexibilização gradual das medidas de isolamento social, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa voltou a encaminhar as obras e reformas de espaços para a exibição de produções audiovisuais que estavam paradas por conta da pandemia. Chamado de “O Cinema da Cidade”, o projeto, realizado em parceria com a Ancine, vai construir ou reformar cinco salas de cinema em municípios do interior onde não há esse tipo de serviço: Cordeiro, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Miracema e Bom Jardim. No total, serão investidos mais de R$ 18,750 milhões (80% de contrato de repasse da União e 20% de contrapartida do Estado).
As obras em Cordeiro foram retomadas no dia 18 deste mês. A previsão para o término do serviço é no primeiro semestre de 2021. As demais cidades estão no processo de licitação. O objetivo do Cinema da Cidade – uma das linhas de ação do Programa Cinema Perto de Você – é a implantação de complexos de exibição de filmes em municípios de pequeno e médio porte (entre 20 mil e 100 mil habitantes) que não contam com salas de cinema comerciais. Cada complexo exibidor terá duas salas com capacidade total para 168 lugares – em Bom Jardim, já existe uma sala com capacidade para 300 pessoas. O recurso da parceria já estava disponível há alguns anos, e o projeto foi reativado pela atual gestão da secretaria, antes do início da pandemia do novo coronavírus.
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